O PPS vai entrar com uma representação na Justiça Eleitoral contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que usou o Palácio da Alvorada para um encontro político com governadores e senadores aliados, nesta terça-feira. Os próprios participantes da reunião disseram que estavam lá para discutir estratégias de apoio à candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.
O evento constava na agenda oficial, e ocorreu no meio da manhã – quando, em tese, Lula deveria estar trabalhando. Alguns senadores usaram carros oficiais para se deslocar até o palácio.
Para o deputado federal Raul Jungmann (PPS), Lula cometeu um crime eleitoral. “Os limites já foram ultrapassados há muito tempo. Temos um presidente da República que funciona muito mais como um chefe de partido”. Na representação, o PPS também indaga se a viagem dos senadores e governadores a Brasília foi bancada com dinheiro público.
A ação do partido baseia-se no artigo 17 do Código Eleitoral, que proíbe o ato de “ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos municípios”. Nestes casos, a legislação estabelece uma multa de 5 mil a 100 mil reais.
A Presidência da República ainda não se pronunciou sobre a queixa do PPS.
(Gabriel Castro, de Brasília)
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