24 de setembro de 2010 • 00h07 • atualizado às 00h13
Dilma cumprimenta a plateia em sua chegada para o debate da CNBB
Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Criticada por se ausentar de alguns dos debates que reuniram os presidenciáveis, a candidata petista Dilma Rousseff se reuniu com os adversários José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (Psol) no evento promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e transmitido pelas redes católicas Rede Vida e TV Aparecida, na noite desta quinta-feira (23). Mas o confronto com os adversários não ocorreu. Em clima morno, os candidatos acabaram por não se enfrentar, já que as regras do programa não previam perguntas entre eles.
Houve tensão na hora do comentário de Dilma Rousseff (PT) sobre o aborto, mas ela se incorporou à "defesa da vida". Na entrada do debate, a petista foi chamada de "anticristo" por militantes católicos. "Tenho uma posição clara em defesa da vida. A vida é um valor que temos que respeitar, honrar", afirmou Dilma, que logo pegou carona na resposta de Marina. "Não acredito que mulher alguma seja a favor do aborto. Pessoalmente, não sou a favor do aborto... Como presidente, terei que tratar da questão de mulheres que usam métodos bárbaros e precisam ser protegidas. Tem que tratar como saúde pública... Considero também que a legislação vigente já prevê os casos em que o aborto é factível", concluiu.
Marina ironizou a crítica da petista ao aborto. "Não vou fazer um discurso em uma circunstância e outro discurso em outra circunstância", afirmou Marina.
No bloco seguinte, Serra criticou a proposta de um plebiscito para decidir a legalidade do aborto. "Sou contra fazer plebiscito de determinadas questões. Por exemplo, a pena de morte e o aborto", cravou o tucano.
No terceiro bloco, Serra defendeu a ocupação da fronteira, "para evitar a entrada de cocaína no País". "A cultura da paz é um objetivo. Eu procurei em São Paulo trazer forças da sociedade para trabalhar com o Estado, como a 'Sou da Paz'", sustentou.
Ficha suja
Ao falar do combate à corrupção, Dilma foi enfática na crítica à presença de políticos "ficha suja" no seu ministério. "Não permitirei fichas sujas no meu governo. E considero que essa questão é muito séria e, principalmente neste momento, acho oportuno reafirmar que é muito oportuno para a democracia a Ficha Limpa. Inclusive, tenho muito orgulho de ter um dos relatores na minha equipe, o José Eduardo Martins Cardozo".
"No governo do presidente Lula, reaparelhamos a Polícia Federal. Recentemente saiu na imprensa que a PF é a maior responsável pelo combate à corrupção", disse a petista. "Nós não tivemos o engavetador-geral, mas o procurador geral que tocou todos, sem exceção, processos dos quais tomou conhecimento... O processo que leva ao combate a corrupção é termos clareza que deve ser combatido doa a quem doer".
Plínio, ao comentar a declaração de Dilma, anunciou à plateia o andamento da votação sobre a aplicabilidade e a constitucionalidade da Lei Ficha Limpa: "A votação no Supremo está cinco a cinco. O ficha suja vai voltar". Dilma se surpreendeu com o placar e pediu para o candidato do Psol repetir os números. Antes de entrar no debate, ela foi avisada que a votação estava em 5 a 2.
Houve tensão na hora do comentário de Dilma Rousseff (PT) sobre o aborto, mas ela se incorporou à "defesa da vida". Na entrada do debate, a petista foi chamada de "anticristo" por militantes católicos. "Tenho uma posição clara em defesa da vida. A vida é um valor que temos que respeitar, honrar", afirmou Dilma, que logo pegou carona na resposta de Marina. "Não acredito que mulher alguma seja a favor do aborto. Pessoalmente, não sou a favor do aborto... Como presidente, terei que tratar da questão de mulheres que usam métodos bárbaros e precisam ser protegidas. Tem que tratar como saúde pública... Considero também que a legislação vigente já prevê os casos em que o aborto é factível", concluiu.
Marina ironizou a crítica da petista ao aborto. "Não vou fazer um discurso em uma circunstância e outro discurso em outra circunstância", afirmou Marina.
No bloco seguinte, Serra criticou a proposta de um plebiscito para decidir a legalidade do aborto. "Sou contra fazer plebiscito de determinadas questões. Por exemplo, a pena de morte e o aborto", cravou o tucano.
No terceiro bloco, Serra defendeu a ocupação da fronteira, "para evitar a entrada de cocaína no País". "A cultura da paz é um objetivo. Eu procurei em São Paulo trazer forças da sociedade para trabalhar com o Estado, como a 'Sou da Paz'", sustentou.
Ficha suja
Ao falar do combate à corrupção, Dilma foi enfática na crítica à presença de políticos "ficha suja" no seu ministério. "Não permitirei fichas sujas no meu governo. E considero que essa questão é muito séria e, principalmente neste momento, acho oportuno reafirmar que é muito oportuno para a democracia a Ficha Limpa. Inclusive, tenho muito orgulho de ter um dos relatores na minha equipe, o José Eduardo Martins Cardozo".
"No governo do presidente Lula, reaparelhamos a Polícia Federal. Recentemente saiu na imprensa que a PF é a maior responsável pelo combate à corrupção", disse a petista. "Nós não tivemos o engavetador-geral, mas o procurador geral que tocou todos, sem exceção, processos dos quais tomou conhecimento... O processo que leva ao combate a corrupção é termos clareza que deve ser combatido doa a quem doer".
Plínio, ao comentar a declaração de Dilma, anunciou à plateia o andamento da votação sobre a aplicabilidade e a constitucionalidade da Lei Ficha Limpa: "A votação no Supremo está cinco a cinco. O ficha suja vai voltar". Dilma se surpreendeu com o placar e pediu para o candidato do Psol repetir os números. Antes de entrar no debate, ela foi avisada que a votação estava em 5 a 2.
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