RIO Com a sessão de gala no Cine Odeon de “A Suprema Felicidade”, novo longa-metragem de Arnaldo Jabor após hiato de 17 anos, começa o maior evento audiovisual da América Latina, o Festival do Rio, em sua 12ª edição.
Desta quinta, 23 de setembro, até o dia 07 de outubro os cinéfilos de carteirinha e de ocasião poderão conhecer parte da atual produção cinematográfica mundial em mais de 300 filmes distribuídos em 18 mostras, em todos os cantos da Cidade Maravilhosa.
Somewhere, de Sofia Coppola
Entre os filmes agendados estão obras de diretores consagrados como “Somewhere”, de Sofia Coppola, recém-vencedor do Leão de Ouro em Veneza, assim como “Você Vai Conhecer o Homem de Seus Sonhos”, do mestre Woody Allen, “Cópia Fiel”, de Abbas Kiarostami, “Memórias de Xangai”, de Jia Zhang-ke, “Lebanon”, de Samuel Maoz, Leão de Ouro em Veneza no ano passado e ainda inédito no circuito comercial brasileiro, “A Woman, a Gun and a Noodle Shop”, de Zhang Yimou, “Um Quarto em Roma”, de Julio Medem, “Film Socialisme”, de Jean-Luc Godard, “Ondine”, de Neil Jordan, “Route Irish”, de Ken Loach, e “Carlos”, de Olivier Assayas, que promete levar os cinéfilos mais radicais com suas mais de 5 horas de duração.
O polonês Jerzy Skolimowski, o israelense Amos Gitai e o francês Bruno Dumont ganham retrospectivas próprias.
A Suprema Felicidade, de Arnaldo Jabor
Mas nem só de medalhões vive um festival, e os cinéfilos tentarão descobrir gemas entre os tantos filmes. As apostas recaem sobre “Minhas Mães e Meu Pai”, de Lisa Chodolenko, que já é tido como provável concorrente ao Oscar 2011, “Turnê”, estréia na direção do consagrado ator francês Mathieu Almaric, “Poesia”, de Lee Changdong, vencedor do prêmio de roteiro no último Festival de Cannes, e “Amores Imaginários”, do canadense prodígio Xavier Dolan, que ano passado causou furor no Festival do Rio com “Eu Matei a minha Mãe”.
Há ainda o vencedor da Palma de Ouro no último Festival de Cannes, o tailandês “Tio Boonme, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas”, de Apichatpong Weerasethakul, que acaba de ganhar sua primeira retrospectiva no Brasil – na Mostra Indie.
Tio Boonme, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas, de Apichatpong Weerasethakul
O Festival do Rio também é uma grande vitrine do cinema nacional e muitos longas e curtas-metragens estarão competindo pelo Troféu Redentor. Na mostra competitiva da Première Brasil estão filmes como “Elvis & Madona”, de Marcelo Laffitte, “Malu de Bicicleta”, de Flavio Tambellini, e “Como Esquecer”, de Malu de Martino. São no total nove filmes de ficção e oito documentários buscando votos entre júri e público.
Em mostras nacionais paralelas serão exibidos filmes como “Bróder”, o premiado filme de Jeferson De, “Luz nas Trevas”, de Helena Ignez, “Agreste”, de Paula Gaitán.
Você Vai Conhecer o Homem de Seus Sonhos, de Woody Allen
O cinema brasileiro ainda está representado em outras mostras, como “Federal”, de Erik de Castro, na mostra Panorama, “Cortina de Fumaça”, na mostra Midnight, e “5+5+”, de Rodrigo Lamounier, na mostra Itinerários Únicos, novidade da edição deste ano. E a participação brasileira não pára por aí porque “Lope”, co-produção entre Brasil e Espanha, dirigida por Andrucha Waddington, encerrará o festival no dia 07 de outubro.
O cinema argentino também será homenageado e ganha uma mostra inteira dedicada a sua produção, além da já tradicional mostra Première Latina. Entre os filmes selecionados estão os novos trabalhos de cineastas já conhecidos no Brasil, como Pablo Trapero, Daniel Burman, Daniel Hendler, Marcelo Piñeyro e Adrián Caetano.
Elvis e Madona, de Marcelo Laffite
Mas nem só de cinema vive o Festival do Rio. Durante o evento estará aberta à visitação, na sede do Festival – o Centro Cultural da Ação e Cidadania, na Zona Portuária -, a Exposição “Roman Polanski. Ator. Diretor”, com imagens da carreira do polêmico cineasta, além de seis curtas-metragens dirigidos por ele.
Voltam também os tradicionais RioMarket, com a promoção de seminários, mesas redondas e encontros para discussão e desenvolvimento de projetos nas áreas de distribuição, co-produção e tecnologia, e o Cinema Livre, promovendo sessões públicas e gratuitas em praças, comunidades e auditórios pela cidade.
Bróder, de Jeferson De
Então é hora do cinéfilo programar as sessões e gerenciar o orçamento, porque o Festival do Rio deste ano promete uma maratona inesquecível para quem tiver fôlego e resistência!
A programação completa pode ser conferida no site oficial do Festival do Rio.
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