O Atibaiense
Publicado em 25 de Setembro de 2010 Com essa posição, os bancos não estão apostando no diálogo e sim na greve.
"O que os bancos estão fazendo é uma provocação aos bancários. A economia está crescendo como nunca, o lucro dos bancos aumentou em média 32% no primeiro semestre e eles oferecem apenas a reposição da inflação", criticou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Com essa posição, os bancos não estão apostando no diálogo e sim na greve".
Os representantes dos bancos disseram na negociação da última quarta-feira, noticiada pelo jornal O Atibaiense, que "o reajuste salarial de 11% é exageradamente alto". Sobre a PLR, só informaram que pretendem aplicar a mesma fórmula do ano passado. E sobre a valorização dos pisos não apresentaram nada.
O Comando Nacional reafirmou as reivindicações da categoria e deixou claro que, além dos avanços econômicos (como aumento real de salário, melhoria na PLR e elevação dos pisos), os bancários exigem melhores condições de trabalho e preservação da saúde, principalmente o fim das metas abusivas e do assédio moral, além de medidas que preservem o emprego e protejam a vida.
Documento será encaminhado à Fenaban, reafirmando a pauta de reivindicações da categoria e dando prazo até segunda-feira, 27 de setembro, para apresentação de nova proposta que possa ser apreciada nas assembleias do dia 28.
O que os bancários reivindicam: 11% de reajuste salarial; piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente; PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos; aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá; previdência complementar em todos os bancos; proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança; medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários; mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público, e planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.
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