Varredura é feita em locais onde envolvidos podem ter passado com modelo.
Operação foi anunciada pela polícia após conclusão de inquérito.
no Rio de Janeiro e morta em Minas Gerais
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Uma equipe de nove investigadores da Polícia Civil de Minas Gerais mantém um trabalho de buscas pelo corpo de Eliza Samudio desde sexta-feira (30), quando o inquérito sobre o caso foi concluído. Para o trabalho, eles estão cruzando dados do GPS do carro do goleiro Bruno com informações de denúncias anônimas. A varredura também usa informações coletadas nos depoimentos de testemunhas ouvidas durante a investigação e dos próprios envolvidos no caso.
De acordo com o delegado Wagner Pinto, do Departamento de Investigações de Belo Horizonte, e que participou do inquérito que indiciou nove pessoas pela morte da jovem, não há prazo para conclusão da operação. "Estes policiais foram destacados para atuar exclusivamente nas buscas pelo corpo de Eliza. Eles usam todas as informações sobre rotas que apareceram no GPS do carro de Bruno e também tentam identificar locais por onde os suspeitos possam ter passado com a vítima."
Eliza desapareceu no início de junho e, segundo o inquérito policial, ela foi sequestrada no Rio de Janeiro e levada para Belo Horizonte. Ela ficou em cárcere privado no sítio do goleiro Bruno, ex-amante de Eliza, e teria sido morta e esquartejada pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.
Caso algum vestígio de Eliza seja encontrado, a polícia encaminhará a prova para ser anexada ao inquérito. O promotor Gustavo Fantini, em Contagem, ofereceu denúncia contra os nove indiciados pelo desaparecimento e morte de Eliza, nesta quarta-feira (4).
Mudança de comarca
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) registrou, na segunda-feira (2), o pedido de mudança da comarca de Contagem para a comarca de Vespasiano para julgar os envolvidos no caso Eliza. A solicitação foi feita pelo advogado de defesa do goleiro Bruno, Ércio Quaresma. Segundo ele, o pedido se justifica porque há uma incompetência jurisdicional já que, segundo as investigações, o crime teria acontecido em Vespasiano e não em Contagem.
De acordo o artigo 70 do Código Penal, a competência de julgar um crime é determinada pelo lugar em que ele aconteceu.
Segundo o TJMG, um desembargador será nomeado para analisar o pedido de afastamento da juíza da Vara do Tribunal do Júri de Contagem, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, e do promotor Gustavo Fantini do caso do desaparecimento de Eliza. A juíza terá que justificar o motivo para os autos estarem sendo julgados na atual comarca.
Indiciados
O goleiro Bruno de Souza, Luiz Henrique Ferreira Romão (Macarrão), Flávio Caetano de Araújo; Wemerson Marques de Souza, Dayanne Souza (mulher de Bruno), Elenilson Vitor da Silva, Sérgio Rosa Sales (primo do atleta) e Fernanda Gomes de Castro (amante do goleiro) foram indiciados por homicídio triplamente qualificado (uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, motivo torpe e uso de meio cruel), sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.
De todos os indiciados, Fernanda é a única que está em liberdade. A polícia informou, na sexta-feira, que pediu a prisão preventiva dela. A decisão da Justiça ainda não foi divulgada.
A prisão temporária dos outros suspeitos foi decretada no início de julho. Todos estão presos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Também nesta sexta, a polícia pediu a prisão preventiva dos oito suspeitos, com o objetivo de prorrogar a permanência deles na cadeia.
O menor permanece em um centro de internação provisória, de Belo Horizonte.Todos negam participação no crime.
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