O executivo-chefe da BP, Tony Hayward, recebeu US$ 4,7 milhões de salário total em 2009, incluindo bônus por performance e outras formas de compensação. O executivo está sendo sabatinado pelo Congresso americano sobre o vazamento de óleo no golfo do México.
Os congressistas querem saber por que a BP não estava preparada para esse tipo de acidente. Eles também querem garantias de que a empresa irá compensar os residentes e empresários da região costeira afetada pelo derrame.
Durante a abertura da sabatina, o representante republicano Henry Waxman disse que Hayward prometeu "focar como um laser em operações seguras e confiáveis" quando se tornara executivo-chefe da BP.
No entanto, Waxman disse que não encontrou nenhuma prova de que a empresa estava prestando atenção a questões de segurança. "Nós revisamos 30 mil páginas de documentos da BP, incluindo e-mails. Não há nenhum e-mail ou documento que mostre que você prestou atenção aos perigos desse poço", disse.
No fim dos depoimentos de abertura da sabatina, uma manifestante pintada de preto levantou-se e gritou a Hayward que ele deveria ir para a cadeia.
A manifestante era Diane Wilson, 61, da quarta geração de uma família de pescadores do Texas.
Ontem a BP havia concordado em criar um fundo de US$ 20 bilhões de indenização para as vítimas do vazamento. Além disso, a empresa anunciou que não deve pagar dividendos aos acionistas neste ano.
Em seu depoimento, Hayward disse que está "pessoalmente devastado" com a tragédia.
Executivo da BP se mostra arrependido em depoimento no Congresso dos EUA