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terça-feira, 30 de março de 2010

Com três dias para recorrer, advogado do casal Nardoni diz que quer evitar ‘novela’


Roberto Podval afirma que não vai tornar público seus argumentos.
'Senão vira aquela loucura, e a família não consegue ter vida.'

Débora Miranda Do G1, em São Paulo


Roberto Podval, advogado do casal Nardoni (Foto: Daigo Oliva/G1)

Roberto Podval, responsável pela defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, tem até sexta-feira (2) para recorrer da decisão da Justiça que condenou os dois a, respectivamente, 31 e 26 anos de prisão pela morte de Isabella Nardoni. O advogado, no entanto, afirmou que não quer tornar público seus argumentos, para que o caso não vire "novamente uma novela”.

“Isso [os argumentos] é absolutamente técnico. Vou respeitar meu prazo e recorrer, mas não tenho interesse em levar isso à imprensa”, afirmou ao G1 na manhã desta terça-feira (30). “Senão vira aquela loucura, aquela novela. Fica todo mundo em cima, e a família não consegue ter vida.”



Podval afirmou, no entanto, que deve entrar com as duas opções de recursos possíveis: protesto por um novo júri e recurso de apelação. A primeira, com base em uma lei que existia na época da morte de Isabella (em março de 2008), diz que condenados a 20 anos de prisão ou mais têm direito a um novo julgamento. É necessário saber, no entanto, se a Justiça acatará tal argumento.

Já na segunda opção, o advogado pode pedir a anulação do julgamento realizado na semana passada, com base em algo que ele argumente ter sido irregular –como a perícia, por exemplo– e pode tentar rediscutir a longevidade da pena.

Segundo Podval os argumentos para o recurso não serão apresentados agora. “Levarei simplesmente um papel à Justiça dizendo que quero recorrer. Meus argumentos só serão apresentados depois, no tribunal.”

O advogado, durante todo o julgamento, criticou muito o trabalho da polícia e do Instituto de Criminalística, cujo trabalho deu base para a acusação. Ele alegou falhas na perícia e disse que evidências que poderiam comprovar que o casal não teria participação na morte de Isabella foram ignoradas.




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