Cartunista foi morto em tentativa de assalto nesta sexta (12).
Quadrinistas e colegas lamentam a morte do desenhista.
O cartunista Glauco, em foto de 2002 (Foto: Raphael Falavigna/Folha Imagem)
Colegas e quadrinistas lamentam a morte do cartunista Glauco Villas-Boas. O artista morreu aos 52 anos após uma tentativa de assalto em sua casa em Osasco, na Grande São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (12).
“Com ele morre uma parte do que esse país tinha de alegre, respeitoso, diferente e em busca do futuro”, diz o editor Toninho Mendes, que trabalhou com o quadrinista na editora Circo. “Estou sem condições de falar. Você não imagina o meu estado de transtorno. A gente trabalhou juntos na Circo, por quase dez anos. Eu não consigo acreditar no que está acontecendo”.
“Glauco veio de uma reta de destruição, muito ferrada, e conseguiu colocar a vida no prumo, se ajeitar. Encontrei ele pouco tempo atrás, estava superbem”, lamenta o cartunista Orlando. “O boom do trabalho dele foi em 78 ou 79 no ‘Viralata’, seção de humor publicada no ‘Folhetim’, suplemento da ‘Folha’ que saía aos sábados. Ele apareceu com um humor absolutamente inusitado, ninguém fazia aqui, traço super solto”, lembra.
No Twitter outros quadrinistas também se manifestaram. Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, disse que “o dia fechou com o desaparecimento do Glauco. Não há palavras para justificar, explicar, entender...”.
João Montanaro, quadrinista adolescente que publica na revista “Mad” e na “Folha de S. Paulo” também lamentou no serviço de microblogging. “Dia ruim para os quadrinhos e para o Brasil. Quando criança eu copiava os desenhos do Glauco. Fiz o ( personagem) Doubli pensando no Glauco e no Calvin”.
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