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Do Diário OnLine
As empresas de telefonia Telefônica e Tim lideram o ranking de reclamações do Procon de Santo André, segundo o Cadastro de Reclamações Fundamentadas de 2008, divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria de Assuntos Jurídicos da cidade, em comemoração ao Dia Internacional do Consumidor, ocorrido no último domingo (15).
Telefônica e Tim, em primeiro e segundo lugar, respectivamente, têm 324 reclamações registradas no ano passado. Destas, 77 não foram atendidas, o que corresponde a 23% do total.
De acordo com texto divulgado pela prefeitura de Santo André, o ranking não sofreu grandes alterações em relação aos anos anteriores. O setor de telefonia, envolvendo tanto a prestação de serviços quanto o produto (aparelho) lidera há anos o cadastro, no entanto, vem sendo objeto de ações civis públicas e autuações por parte dos órgãos de defesa do consumidor.
No terceiro lugar no "pódio" das reclamações está o banco Itaucard S/A, que é seguido pelas empresas Gradiente e Banco Itaú. A lista das dez empresas com mais notificações no Procon também inclui, por ordem de classificação, Embratel, Banco Santander, Claro, Vivo e C&A.
De acordo com Douglas Verissimo, diretor do Departamento de Assistência Judiciária e Defesa do Consumidor de Santo André, foram atendidos no Procon de Santo André, no ano de 2008, 10.188 consumidores nas áreas de alimentos, habitação, produtos, serviços (privados e essenciais) e assuntos financeiros.
"Dentre os atendimentos realizados, 7.217 referem-se a simples consultas, atendimentos preliminares, envio de carta de informações preliminares ao fornecedor e orientações gerais, com solução favorável antes da abertura da reclamação", avalia Veríssimo.
O restante dos atendimentos diz respeito a reclamações fundamentadas, ou seja, aquelas em que há ausência de resposta pelo fornecedor, ou a resposta apresentada não atende ao pedido do consumidor, sendo então encaminhadas para realização de audiência, conduzida por técnicos do Procon, para tentar uma conciliação entre consumidores e fornecedores.
Em relação às demandas mais acionadas na área de serviços essenciais, que incluem os serviços de telefonia fixa e móvel, estão o não-cumprimento de ofertas, cobranças indevidas e má-qualidade na prestação dos serviços.
No segmento de serviços privados, predominam os convênios médicos, cuja principal reclamação diz respeito a recusa nos atendimentos (não liberação de exames e outros procedimentos) e reajustes indevidos; no ramo de TV por assinatura os questionamentos são referentes ao não-cumprimento de ofertas, cobranças indevidas e má-qualidade na prestação dos serviços e no quanto aos cursos livres, como de informática e línguas, os acionamentos referem-se a publicidade enganosa como promessas de emprego.
Nas reclamações contra as instituições financeiras predominam questionamentos quanto às tarifas e taxas de juros, saques indevidos em contas-correntes e cobranças indevidas. Já na área de produtos, as principais reclamações referem-se à permanência de aparelhos em assistência técnica por mais de 30 dias sem solução e entrega dos produtos com vícios ou defeitos.
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