segunda-feira, 5 de outubro de 2009, 08:52 | Online
AE - Agencia Estado
TEGUCIGALPA - Brasil, Estados Unidos e a Organização dos Estados Americanos (OEA) temem que o golpe que derrubou o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, motive setores da Guatemala a seguir pelo mesmo caminho. O risco não parece ser iminente, mas deverá aumentar à medida que se aproxime a corrida eleitoral para a sucessão do presidente Álvaro Colom, em 2011. Sobretudo, se a primeira-dama, Sandra Torres, vier a se candidatar.
Na semana passada, um observador dos EUA comentou a preocupação do Departamento de Estado com o possível colapso institucional na Guatemala. A mesma ponderação foi ouvida de representantes da OEA. Embora não houvesse mencionado a Guatemala, o chanceler Celso Amorim várias vezes ressaltou que o golpe de Estado em Honduras poderia abrir um precedente perigoso na América Latina.
O caso da Guatemala preocupa desde maio, quando foi descoberto um vídeo gravado pelo advogado Rodrigo Rosenberg, dias antes de ser assassinado, no qual acusava o presidente Colom, os principais assessores dele e a primeira-dama por sua morte. Colom negou a acusação. A denúncia está sendo investigada pela Comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a Impunidade na Guatemala - órgão que tenta corrigir o nível de 98% de crimes sem punição no país.
"Na época, falou-se em golpe de Estado. Mas, dada a divisão da sociedade guatemalteca, seria mais provável uma guerra civil", afirmou o embaixador do Brasil na Cidade da Guatemala, Luís Antonio Fachini Gomes. "Não vejo essa possibilidade hoje. Mas não excluo o risco de golpe de Estado no futuro."
Conforme explicou, as políticas de redução da pobreza e de renda mínima adotadas pelo governo Colom provocam duras reações de setores sociais tradicionalmente mais favorecidos. Colom tem 45% de aprovação, segundo recentes pesquisas. Em especial, mantém-se apoiado na população do interior do país, nas camadas mais pobres e nos sindicatos.
Nos últimos dois meses, a preocupação com a contaminação da crise hondurenha na Guatemala motivou uma espécie de romaria de políticos e de empresários de lado a lado da fronteira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Na semana passada, um observador dos EUA comentou a preocupação do Departamento de Estado com o possível colapso institucional na Guatemala. A mesma ponderação foi ouvida de representantes da OEA. Embora não houvesse mencionado a Guatemala, o chanceler Celso Amorim várias vezes ressaltou que o golpe de Estado em Honduras poderia abrir um precedente perigoso na América Latina.
O caso da Guatemala preocupa desde maio, quando foi descoberto um vídeo gravado pelo advogado Rodrigo Rosenberg, dias antes de ser assassinado, no qual acusava o presidente Colom, os principais assessores dele e a primeira-dama por sua morte. Colom negou a acusação. A denúncia está sendo investigada pela Comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a Impunidade na Guatemala - órgão que tenta corrigir o nível de 98% de crimes sem punição no país.
"Na época, falou-se em golpe de Estado. Mas, dada a divisão da sociedade guatemalteca, seria mais provável uma guerra civil", afirmou o embaixador do Brasil na Cidade da Guatemala, Luís Antonio Fachini Gomes. "Não vejo essa possibilidade hoje. Mas não excluo o risco de golpe de Estado no futuro."
Conforme explicou, as políticas de redução da pobreza e de renda mínima adotadas pelo governo Colom provocam duras reações de setores sociais tradicionalmente mais favorecidos. Colom tem 45% de aprovação, segundo recentes pesquisas. Em especial, mantém-se apoiado na população do interior do país, nas camadas mais pobres e nos sindicatos.
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