Comissão investigará suposto encontro com Lina Vieira |
Laryssa Borges
Direto de Brasília
O suposto encontro em que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, teria pedido à então secretária da Receita Federal, Lina Vieira, agilidade nas investigações contra empresas da família Sarney, será investigada pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República, instância responsável por analisar supostos desvios éticos de autoridades, decidiu verificar a existência de eventuais irregularidades no possível encontro entre as duas.
Com a decisão de se apurar a suposta reunião entre Dilma e Lina, a chefe da Casa Civil e possível candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será alvo de dois questionamentos na Comissão de Ética. O primeiro deles, que ficou parado por mais de 15 meses, foi retomado e envolve um suposto tráfico de influência de Dilma Rousseff no processo de venda da Varig e da Variglog.
Denunciada pela ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, Dilma é suspeita por supostamente ter favorecido o fundo americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros nas negociações da venda das empresas aéreas, eximindo-os de apresentar documentos de comprovação de renda e dados sobre a origem de capital a ser utilizado na transação.
Também neste ano, a ministra já teve de prestar esclarecimentos ao colegiado por ter ganhado presentes acima de R$ 100, teto estabelecido em lei para o recebimento dos mimos, e informar à Comissão "o procedimento adotado nas doações realizadas".
Diversos ministros de Estado e auxiliares de primeiro escalão já tiveram seus casos analisados na espremida sala do colegiado, localizada na "ala burocrática" do anexo do Palácio do Planalto. Levantamento feito pelo Terra aponta que pelo menos 27 ministros do governo Lula já tiveram supostas afrontas éticas apreciadas pelo colegiado desde 2003, início da gestão petista. A despeito do volume de análises, sanções, sejam repúdios públicos, sejam recomendações de demissão, são raríssimas.
"Estava faltando atenção à Comissão de Ética, que agora está a pleno vapor", explica o conselheiro Roberto de Figueiredo Caldas.
Com pouco mais de dez anos de funcionamento, a Comissão de Ética Pública viveu nos últimos anos um cenário de completo esvaziamento, teve seu orçamento reduzido a mais da metade e passou mais de um ano sem ter quórum para analisar eventuais desvios de conduta de autoridades. O colegiado já teve em mãos R$ 1,7 milhão para gerir seus trabalhos, chegou ao fundo do poço com apenas R$ 155 mil anuais e conta hoje com R$ 450 mil por ano para gerir suas atividadesFale com o Ministério
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