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Pesquisadores da Clínica Mayo, do campus de Jacksonville, Flórida, têm uma nova compreensão sobre como fazer com que o câncer pare de se espalhar, com base em novas pesquisas sobre esse mecanismo chamado de metástase e que é a causa mais comum de morte entre os pacientes de câncer. Na edição online, de 29 de março, do jornal Nature Cell Biology, os pesquisadores afirmam que a molécula conhecida como proteína cinase D1 (PKD1) é fundamental para que uma célula cancerosa altere sua estrutura, para poder migrar e invadir outras células. Os pesquisadores descobriram que quando a PKD1 está ativa, as células cancerosas não se movem – isso explica por que, em vários tipos invasivos de câncer, a PKD1 está inativa. Durante a metástase, as células cancerosas se espalham em resposta a sinais biológicos. Vários grupos de pesquisadores do campus da Mayo na Flórida dedicam-se a este tipo de pesquisa no momento. Uma das equipes, coordenadas pelo biólogo especialista em câncer, Dr. Peter Storz, pesquisa o processo de reestruturação da actina dessas células cancerosas migratórias. “Os fenômenos que reorganizam o citoesqueleto da actina são complexos – é como uma “multidão” de moléculas agindo em harmonia”, diz o biólogo. “Entretanto parece que a PKD1 deve ser desativada se as células cancerosas estão prestes a migrar”. Filamentos da actina ajudam a compor o citoesqueleto das células. Para que as células cancerosas possam se deslocar, a estrutura das células baseada na actina tem de ser continuamente reorganizada, explica Peter Storz, e, para fazer isso, novos filamentos da actina precisam ser gerados, para mover a célula do lugar. O grupo liderado por Peter Storz descobriu que a PKD1 foi fundamental para este processo. Os pesquisadores descobriram que a PKD1 inibe outra proteína, conhecida como slingshot (estilingue), que regula a separação de estruturas existentes da actina, de forma que novos filamentos da actina possam ser sintetizados, um fenômeno que é essencial para a movimentação das células. Os pesquisadores usaram métodos para reduzir as quantidades de PKD1 nas células cancerosas e descobriram que a motilidade delas aumentou. Eles, então, ativaram a expressão da PKD1 nas células cancerosas e observaram que a movimentação delas estava bloqueada. A PKD1 é, portanto, uma reguladora da migração das células. Se a PKD1 não está expressa nas células cancerosas, a proteína estilingue se tornará ativa e irá contribuir para a reorganização da actina; com isso, uma célula cancerosa irá se mover, explicam os pesquisadores. “Outros pesquisadores descobriram que a PKD1 está ‘desligada’ em formas invasivas de câncer gástrico, de próstata e de mama”, afirma o biólogo. “Agora que identificamos a PKD1 como uma reguladora-chave nos processos de movimentação das células cancerosas, podemos começar a pensar em desenvolver tratamentos para bloquear o processo da metástase”, diz Peter Storz. “Os mecanismos básicos que descobrimos são essenciais para o desenvolvimento dessa estratégia de tratamento”. Os coautores do estudo são os pesquisadores Tim Eiseler, Ph.D.; Heike Döppler; e Irene Yan, todos do Departamento de Biologia do Câncer da Clínica Mayo, e Kanae Kitatani, Ph.D., e Kensaku Mizuno, Ph.D., da Escola de Graduação de BioCiências da Universidade de Tohoku, no Japão. O estudo foi financiado pela Fundação Mayo, pelo Centro Completo do Câncer da Mayo, pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos; grupo Friends for an Earlier Breast Cancer Test (Amigos para um Exame Precoce do Câncer de Mama) e por uma subvenção para pesquisa científica do Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão. Serviço: Para mais informações sobre tratamento de câncer na Clínica Mayo, de Jacksonville, Flórida, contate o departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 1-904-953-7000 ou escreva para intl.mcj@mayo.edu |
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