Presidente americano fez discurso em Trinidad e Tobago.
Ele participa da ‘Cúpula das Américas’ no país caribenho.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira (17), em Trinidad e Tobago, que está aberto ao diálogo com Cuba sobre uma ampla lista de assuntos, mas destacou que não quer "falar por falar".
"Nos últimos dois anos, tenho dito e repito hoje que estou preparado para que minha administração se comprometa com o governo cubano em uma ampla lista de temas, desde direitos humanos, liberdade de expressão e reforma democrática até drogas, migração e assuntos econômicos", disse Obama em seu discurso antecipado pela Casa Branca, em Port of Spain.
"Mas serei claro: não estou interessado em falar por falar, mas acredito que podemos conduzir as relações entre Cuba e Estados Unidos a uma nova direção".
Na abertura da cúpula, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pediu aos Estados Unidos a suspensão do embargo a Cuba mantido desde 1962, que qualificou de "anacronismo", e disse que não pode perder esta oportunidade histórica de construir "uma nova relação entre as Américas".
"Estamos nesta quinta Cúpula com a esperança de dar o primeiro passo para uma nova ordem regional", disse Kirchner, acrescentando que "o grande desafio é a integração e não a ingerência em nossos países".
Kirchner destacou que seu pedido por Cuba "de maneira nenhuma significa uma crítica" a Obama, que "anulou as absurdas restrições impostas por George W. Bush" sobre viagens e envio de dinheiro à Ilha.
Obama promete hoje aos líderes americanos uma nova era de diálogo, de igual para igual, segundo trechos de seu discurso.
"Comprometo-me com vocês a buscar uma associação de igual para igual (...) Sem parceiros maiores ou menores em nossas relações; simplesmente com um compromisso baseado no respeito mútuo, nos interesses comuns e nos valores compartilhados. Estou aqui para lançar um novo capítulo do compromisso que manterei durante meu governo".
Na véspera, o presidente de Cuba, Raúl Castro, manifestou a disposição por um diálogo aberto com os Estados Unidos, mas apenas em "igualdade de condições e sem a menor sombra sobre a soberania" cubana.
"Já mandamos dizer ao governo americano, inclusive em público, que estamos abertos a discutir tudo, direitos humanos, liberdade de imprensa, presos políticos, (...) mas isto deve ser em igualdade de condições, sem a menor sombra sobre nossa soberania e sem a mínima violação do direito a autodeterminação do povo cubano", disse Castro em Cumaná (leste da Venezuela), durante a reunião Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA).
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