Publicada em 17/04/2009 às 10h29m
CBN e O GloboRIO - Alunos do 8º período de nutrição da UFRJ foram assaltados dentro de sala de aula na tarde da quinta-feira, na Ilha do Fundão. Eles faziam uma prova dentro de uma sala do prédio de Ciências e Saúde da universidade, quando foram surpreendidos por dois bandidos armados. Segundo testemunhas, os bandidos levaram diversos pertences dos estudantes e conseguiram fugir.
Assustados, os alunos afirmam que não há segurança suficiente no local. Eles reclamam ainda que as salas do curso de Nutrição, onde ocorreu o assalto da quinta-feira, ficam no subsolo do prédio, onde seria muito deserto. Segundo Thaís Estrela, do 2º período do curso, o medo é tão grande que é preciso organizar grupos sempre que uma menina quer se deslocar até o banheiro.
- A gente aqui no Campus não tem segurança. Ninguém faz ronda aqui pelo Campus,e qualquer um pode entrar sem crachá, sem nada. A gente vai ao banheiro juntas, pois temos medo de ir sozinhas. Sempre temos que chamar alguém para ir com a gente.
De acordo com o prefeito da Cidade Universitária, Hélio de Mattos, esse foi o quarto assalto dentro de sala de aula registrado na universidade desde 2005. Em entrevista à Rádio CBN, Mattos afirmou que o diretor do prédio assaltado já contratou até segurança própria para o local, mas não há como controlar quem entre ou sai do edifício.
- No prédio circulam seis mil alunos todos os dias. Além disso, o edifício de Ciências e Saúde possui oito entradas e não tem porteiro. Desde 2005 a gente realiza campanhas de segurança no local, e já tentamos implementar o crachá, mas a comunidade universitária ainda resiste muito - afirmou Mattos.
Cerca de 65 mil pessoas circulam na Cidade Universitária por dia. Segundo Hélio de Mattos, a segurança é feita com três viaturas que fazem rondas pela universidade, além das câmeras de segurança. Ele admite, no entanto, que ainda é muito pouco.
- Há dois anos o reitor da universidade pediu ao governo federal autorização para realizar um concurso público para contratar mais cem seguranças para a Cidade Universidade. Hoje nós temos três viaturas que fazem rondas intensivas durante o dia inteiro. A Polícia Militar também ajuda com o que pode, mas a circulação dela é igual a de uma cidade mesmo, é difícil de controlar. Além disso, estamos aumentando o número de alunos - afirmou em entrevista à Rádio CBN.
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