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domingo, 23 de novembro de 2008

Resultado de pleito na Venezuela só sairá quando 'irreversível', avisa conselho


Votação foi encerrada às 18h55 (horário de Brasília).
Algumas seções seguem abertas por causa das longas filas.

Do G1, com informações de agências


Chávez deposita seu voto no bairro popular de 23 de Enero, a oeste de Caracas. (Foto: AFP)

A eleição regional deste domingo (23) na Venezuela, considerada um referendo sobre o presidente Hugo Chávez, foi concluída às 16h25 local (18h55 de Brasília), informou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena.

O resultado será divulgado em cada jurisdição só quando for "irreversível", reiterou a presidente do CNE, já que projeções extra-oficiais foram proibidas pelo governo de Hugo Chávez, impedindo a divulgação de qualquer pesquisa de boca-de-urna.


Algumas seções eleitorais, com longas filas, permanecerão abertas até que todos possam votar, como prevê a lei eleitoral, destacou Lucena.

Quase 17 milhões de eleitores foram convocados para escolher entre 22 governadores, 328 prefeitos e vários conselheiros municipais.

Boca-de-urna


O presidente Chávez ameaçou suspender a concessão aos meios de comunicação que divulgassem pesquisas de boca-de-urna e projeções sobre resultados. Neste domingo, ele disse ter confiança em que as eleições demonstrarão a "força" da democracia venezuelana e de suas instituições e afirmou que a manutenção da "governabilidade" está garantida.

"Independentemente dos resultados desse dia, a Venezuela continuará sendo um país com alto grau de governabilidade", afirmou Chávez, depois de depositar seu voto no bairro popular de 23 de Enero, a oeste de Caracas.

"Temos de reconhecer o que a voz da nação diz. Temos de reconhecer o árbitro que mostrou uma e outra vez sua imparcialidade", declarou.

"Honra ao vencido e glória ao vencedor e, amanhã, a Venezuela segue sua marcha", completou. Chávez pediu a todos os venezuelanos que fossem votar e garantiu que o processo eleitoral, 100% automatizado, está "blindado" e é um dos "mais transparentes, mais rápidos e mais seguros do mundo".

O presidente venezuelano acrescentou que não foram relatados problemas no processo de votação, mas assegurou que o governo está preparado para conter qualquer "eventualidade" que surgir.

Sem citar nomes, Chávez disse ainda que quem não reconhecer os resultados da urnas terá uma "morte política".

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