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domingo, 23 de novembro de 2008

Blog é criado para ajudar moradores afetados em Blumenau


domingo, 23 de novembro de 2008, 21:12 | Online



Internautas postam informações de últimas horas e recebem ajuda de moradores, com fotos e vídeos

Vitor Hugo Brandalise - O Estado de S.Paulo


SÃO PAULO - Preocupados com a escassez de informações sobre a enchente em Blumenau - durante todo este domingo, 23, as rádios da cidade funcionavam por curtos e intermitentes períodos -, internautas criaram um blog para alertar a população sobre a situação das ruas da cidade, uma das mais atingidas pelos temporais em Santa Catarina. Nas mensagens postadas, textos com a localização dos abrigos da prefeitura, vias onde não era aconselhável trafegar de carro ou a pé, fotos e vídeos de casas destruídas, ruas alagadas ou obstruídas por árvores caídas, além de pontos interditados por deslizamentos de terra.



"Sem informação, o nível de tensão nas pessoas aumenta e, em momentos como esse, é tudo o que não pode acontecer", conta a publicitária Juliana da Silva, uma das criadoras do blog Alles Blau - "tudo bem" em alemão. Entre as 19 horas de sábado, quando foi criado, até as 18 horas deste domingo, o blog havia recebido mais de 25 mil acessos - mais de mil por hora. No site, informações sobre a abertura ou fechamento da rodoviária da cidade, períodos em que as rádios e estações de TV voltavam ao ar, atualizações sobre o nível das águas dos rios e fotos da cidade, como prateleiras vazias em supermercados e filas em postos de gasolina.

"O conteúdo estava na internet, bastava gerenciá-lo", diz o publicitário Angel Gajardo, de 23 anos, outro criador do blog. Após horas na rede, eles começaram a receber relatos, fotos e vídeos. "Era gente querendo ajudar, adquiriu vida própria."

Com as chuvas, o Rio Itajaí-Açu subiu 10,91 metros e, segundo a Defesa Civil catarinense, as enchentes atingiram todos os bairros de Blumenau - algo não visto desde as enchentes de 1983 e 1984, as maiores da história do município. Oito das 20 pessoas mortas em Santa Catarina até esta tarde viviam na cidade de 301 mil habitantes, a 140 quilômetros de Florianópolis. "Percebemos que a situação estava crítica. Eu me preocupava com minha família, estava difícil manter contato", disse Gajardo, que mora em São Paulo. "Nesses momentos, para o bem ou para o mal, informação é importantíssima.

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