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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Programa DST/Aids recomenda exame pré-natal para homens em SP


Agência Estado
O Programa Estadual de DST/Aids recomendou, a todas unidades de saúde de São Paulo, uma nova modalidade de pré-natal: a masculina. A proposta é que os papais também façam exames preventivos durante a gravidez das companheiras, para identificar se são portadores de alguma doença sexualmente transmissível ou do vírus HIV, o que pode prejudicar o bebê.

A medida foi tomada após dois levantamentos feitos pelo programa. Um deles revelou que as mulheres respondem por 75% dos casos de gonorréia, sífilis, HPV, herpes e outros problemas transmitidos pelo sexo sem proteção. A maioria feminina indica que os parceiros estão afastados dos médicos e longe do diagnóstico.

O outro balanço mostrou que os homens dominam o grupo que descobre tardiamente ser portador do vírus transmissor da aids (após cinco anos de contágio), o que compromete o tratamento. Entre os 5 mil pacientes que ingressam no programa todo ano para receber tratamento antiaids, 49,3% deles fazem matrícula tardia contra 35,7% delas.

Mais uma vez, a explicação para o descompasso de gênero dos números é que, durante a gestação, as mulheres são convocadas a fazer o teste do HIV. “Por isso, sugerimos o pré-natal do parceiro”, afirma a coordenadora do programa de DST/Aids, Maria Clara Gianna. “É uma estratégia que formulamos e recomendamos recentemente às unidades. Os pais são convidados a fazer exames de DST, em especial o VDRL, que identifica a sífilis e evita o problema da sífilis congênita (que é transmitida ao bebê).

Transmissão

Por ser uma recomendação, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) não são obrigadas a aderir ao “pré-natal de homem”. Mas a sugestão agradou Ricardo Shiratsu, coordenador de serviços de DST da Unifesp, e Paulo Henrique Egydio, da Sociedade Brasileira de Urologia. “É uma excelente idéia. Se no pré-natal eu consigo tratar as DSTs de mulheres mas o parceiro continua infectado, a transmissão continua entre o casal”, opina Egydio. “Muitas vezes eles ficam meses sem saber que estavam doentes”, completa Shiratsu. As informações são do Jornal da Tarde.

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