Madame Tussauds abriu neste sábado com estátua de ditador nazista em bunker
BBC Brasil e AP
A estátua faz parte do acervo da casa, que abriu as portas ao público pela primeira vez neste sábado, após semanas de polêmica sobre a exposição do ditador.
Na primeira foto, a estátua de Hitler em seu bunker. Abaixo, a estátua é retirada do local após incidente. Fotos: Efe.
Hitler aparece sentado a uma mesa em seu bunker, em uma cena que, segundo o museu, retrataria suas últimas horas de vida antes de ele se suicidar. O boneco não pode ser tocado nem fotografado, segundo
as regras impostas pelos responsáveis do museu.
O homem detido se aproximou por volta das 10h (horário local) do boneco de Hitler e, quando tentou tocá-lo, outro visitante foi impedi-lo, o que levou a uma briga entre os dois. Logo depois, funcionários do museu também intervieram, e um deles ficou ferido na perna.
Finalmente, o homem, que segundo a polícia mora no bairro de Kreuzberg, arrancou a cabeça do boneco de Hitler, antes de ser controlado pelo pessoal da segurança do museu. O manifestante foi processado por danos ao patrimônio alheio e lesão corporal.
A porta-voz do museu Madame Tussauds, Natalia Ruoss, disse que o incidente não tinha como ser evitado. "Havia dois guardas de segurança que não conseguiram evitar o incidente", disse Ruoss. A porta-voz não quis dizer se o boneco de Hitler voltará a integrar a exposição e apenas destacou que isso dependia do dano causado. O valor do boneco é estimado em 200 mil euros.
Vários políticos, historiadores e representantes da comunidade judaica criticaram a estátua. A polêmica é ainda maior pelo fato de o museu, no centro de Berlim, se localizar justamente nas cercanias do grande memorial ao Holocausto.
A estátua do ditador está no mesmo pavilhão que abriga figuras de políticos alemães importantes como os ex-premiês Willy Brandt e Helmut Kohl. O museu de figuras de cera Madame Tussauds já expõe figuras de Hitler em outras filiais ao redor do mundo.
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