A Great Wall informou que a capacidade de produção será de 100 mil unidades anuais, a mesma que terá a fábrica da Jac, também chinesa
12 de outubro de 2011 | 23h 00
Cláudia Trevisan, de O Estado de S. Paulo
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Gao não revelou detalhes como investimento, local e quando será construída a planta. Ele disse que a empresa está a procura de um parceiro local para tocar o projeto, mas, segundo fontes revelaram ao Jornal do Carro, o Grupo Caoa, que representa a sul-coreana Hyundai e a japonesa Subaru no País, já teria assinado um acordo com a companhia chinesa.
No Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) estão registradas as patentes de dois carros da marca chinesa: um utilitário-esportivo e um sedã médio. De acordo com as mesmas fontes, há pelo menos quatro modelos da empresa em fase de homologação no Brasil. São eles o jipe Haval, a picape Wingle (cabine simples e dupla), o sedã C30 e o C20R, hatch com apelo visual aventureiro nos mesmos moldes do Volkswagen CrossFox. O início das vendas está previsto para meados de 2012.
A produção anual de 100 mil veículos prevista pela Great Wall é a mesma que outra montadora chinesa, a JAC, planeja fabricar na unidade que terá na Bahia, na qual serão investidos R$ 900 milhões.
"O Brasil é um enorme mercado potencial para a indústria automotiva", afirmou Gao. Segundo ele, a empresa ainda está em busca de um parceiro local para realizar o empreendimento.
A Great Wall é a terceira montadora chinesa a anunciar investimentos no Brasil, depois da JAC e da Chery, que lançou em julho a pedra fundamental de sua planta de R$ 700 milhões na cidade de Jacareí (SP).
Imposto. O diretor de marketing disse que a elevação do IPI para carros importados não teve impacto "substancial" sobre a decisão da empresa de construir uma planta no Brasil.
Na terça-feira, o gerente-geral da Great Wall, Wang Fengying, havia declarado em um evento na cidade de Chengdu, na China, que a empresa planeja um "grande investimento" na construção de uma fábrica no Brasil, de acordo com relato da agência de notícias Bloomberg.
Os carros chineses foram o principal alvo do aumento de 30 pontos porcentuais no IPI sobre importados, anunciado pelo governo em 15 de setembro. Para escapar da alta, os veículos devem ter pelo menos 65% de componentes produzidos em países do Mercosul. As medidas passaram a valer no dia seguinte ao anúncio estarão em vigor até 31 de dezembro de 2012.
Gao disse que as exportações da Great Wall para o Brasil são mínimas e serviram principalmente para obtenção de certificados dos produtos no País. A montadora é a maior fabricante de SUVs da China, mas também tem sedãs e modelos menores. Em 2010, a empresa fabricou 400 mil veículos em seu país, que tem um mercado de 18 milhões de unidades. / COLABOROU TIÃO OLIVEIRA
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