Em 31 de outubro de 2007, uma menina com 15 anos,
1m50 de altura e 38 quilos foi presa por tentativa de furto numa casa
de Abaetetuba, cidade paraense a quase 100 quilômetros de Belém. Durante
o interrogatório, declarou a idade à delegada de plantão Flávia
Verônica Monteiro Teixeira. Por achar o detalhe irrelevante, a doutora
determinou que fosse trancafiada na única cela do lugar, ocupada por
homens. Já naquela noite, e pelas 25 seguintes, o bando de machos se
serviu da única fêmea disponível.
Depois de 10 dias de cativeiro, a garota foi levada à sala da juíza Clarice de Andrade. Também informada de que a prisioneira tinha 15 anos, a segunda doutora da história resolveu devolvê-la à cela. A descoberta do monumento ao absurdo não reduziu a força do corporativismo criminoso: por decisão do Tribunal de Justiça do Pará, ficou estabelecido que o comportamento da juíza Clarice não merecia qualquer reparo. Meses mais tarde, a magistrada foi punida com a aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres, uma inutilidade inventada pelo governo Lula, não deu um pio sobre o caso.
O pesadelo ocorrido em 2007 foi reprisado há três semanas na colônia penal agrícola Heleno Fragoso, que abriga 320 condenados em Santa Isabel do Pará, a 70 quilômetros de Belém. Desta vez, de novo com a conivência de funcionários da instituição, uma brasileira de 14 anos ficou quatro dias em poder de cinco presos. “Eu e outras duas meninas que ficaram lá também”, informou a garota em 19 de setembro. “Lá dentro eles obrigaram a gente a usar droga e a beber. Eles esqueceram a porta aberta, porque lá eles deixam a porta trancada. Foi quando consegui fugir”.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres, uma inutilidade mantida por Dilma Rousseff, não deu um pio sobre o caso. Não se sabe qual é a posição que meninas violentadas em cadeias ocupam no ranking de prioridades de Iriny Lopes, ministra-chefe da secretaria.
O que o país acaba de descobrir é que a lista é encabeçada pelas peças publicitárias da Hope Lingeries protagonizadas por Gisele Bündchen. Lançada no dia 20, a campanha mostra qual é a melhor maneira de transmitir más notícias ao marido. No vídeo abaixo, por exemplo, Gisele primeiro conta que bateu o carro usando trajes pouco sedutores. Esse é o método errado. Em seguida, ela repete a notícia semivestida com uma lingerie da Hope. É muito mais sensual. E é esse o jeito certo. “Você é brasileira, use seu charme”, ouve-se dizer uma voz masculina. Confira:
No terceiro dia da campanha, movida por “diversas manifestações de indignação contra a peça”, Iriny contra-atacou com dois ofícios. Num, comunicou ao empresário Sylvio Korytowski, diretor da Hope, seu “repúdio” ao desempenho da top model. Noutro, pediu ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, o Conar, que o comercial fosse suspenso. Como a subserviência e a pressa andam de mãos dadas, já nesta quinta-feira o Conar abriu processo contra Gisele de calcinha e sutiã. Atendeu a queixas formuladas por 15 espectadores. Isso mesmo: quinze.
Quinze mais Iriny: “A propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas”, declama a ministra. “Também reforça a discriminação contra a mulher, o que infringe a Constituição Federal”. Os avanços passam ao largo de cadeias em delegacias e presídios no campo. E o governo só consegue enxergar discriminação num comercial de alguns segundos na TV.
A exemplo dos colegas de primeiro escalão, Iriny não assina sequer um cartão de Natal sem a autorização de Dilma Rousseff. (Embora não consiga lidar com mais de um assunto por vez, o neurônio solitário faz questão de ser consultado até sobre o cardápio das recepções no Itamaraty). É claro que a ofensiva de Iriny foi combinada com quem, depois de se tornar a primeira mulher a abrir uma assembleia da ONU, virou doutora em questões femininas.
O Brasil anda infestado por tumores que crescem sob o olhar complacente do governo. Exploradores da prostituição infantil, pedófilos impunes, pais que violentam filhos e outras obscenidades vão transformando o país num viveiro de crianças traídas. Com tantas meninas estupradas por aí, Iriny cismou com Gisele Bundchen. Eis um caso que foto explica.
Depois de 10 dias de cativeiro, a garota foi levada à sala da juíza Clarice de Andrade. Também informada de que a prisioneira tinha 15 anos, a segunda doutora da história resolveu devolvê-la à cela. A descoberta do monumento ao absurdo não reduziu a força do corporativismo criminoso: por decisão do Tribunal de Justiça do Pará, ficou estabelecido que o comportamento da juíza Clarice não merecia qualquer reparo. Meses mais tarde, a magistrada foi punida com a aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres, uma inutilidade inventada pelo governo Lula, não deu um pio sobre o caso.
O pesadelo ocorrido em 2007 foi reprisado há três semanas na colônia penal agrícola Heleno Fragoso, que abriga 320 condenados em Santa Isabel do Pará, a 70 quilômetros de Belém. Desta vez, de novo com a conivência de funcionários da instituição, uma brasileira de 14 anos ficou quatro dias em poder de cinco presos. “Eu e outras duas meninas que ficaram lá também”, informou a garota em 19 de setembro. “Lá dentro eles obrigaram a gente a usar droga e a beber. Eles esqueceram a porta aberta, porque lá eles deixam a porta trancada. Foi quando consegui fugir”.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres, uma inutilidade mantida por Dilma Rousseff, não deu um pio sobre o caso. Não se sabe qual é a posição que meninas violentadas em cadeias ocupam no ranking de prioridades de Iriny Lopes, ministra-chefe da secretaria.
O que o país acaba de descobrir é que a lista é encabeçada pelas peças publicitárias da Hope Lingeries protagonizadas por Gisele Bündchen. Lançada no dia 20, a campanha mostra qual é a melhor maneira de transmitir más notícias ao marido. No vídeo abaixo, por exemplo, Gisele primeiro conta que bateu o carro usando trajes pouco sedutores. Esse é o método errado. Em seguida, ela repete a notícia semivestida com uma lingerie da Hope. É muito mais sensual. E é esse o jeito certo. “Você é brasileira, use seu charme”, ouve-se dizer uma voz masculina. Confira:
No terceiro dia da campanha, movida por “diversas manifestações de indignação contra a peça”, Iriny contra-atacou com dois ofícios. Num, comunicou ao empresário Sylvio Korytowski, diretor da Hope, seu “repúdio” ao desempenho da top model. Noutro, pediu ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, o Conar, que o comercial fosse suspenso. Como a subserviência e a pressa andam de mãos dadas, já nesta quinta-feira o Conar abriu processo contra Gisele de calcinha e sutiã. Atendeu a queixas formuladas por 15 espectadores. Isso mesmo: quinze.
Quinze mais Iriny: “A propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas”, declama a ministra. “Também reforça a discriminação contra a mulher, o que infringe a Constituição Federal”. Os avanços passam ao largo de cadeias em delegacias e presídios no campo. E o governo só consegue enxergar discriminação num comercial de alguns segundos na TV.
A exemplo dos colegas de primeiro escalão, Iriny não assina sequer um cartão de Natal sem a autorização de Dilma Rousseff. (Embora não consiga lidar com mais de um assunto por vez, o neurônio solitário faz questão de ser consultado até sobre o cardápio das recepções no Itamaraty). É claro que a ofensiva de Iriny foi combinada com quem, depois de se tornar a primeira mulher a abrir uma assembleia da ONU, virou doutora em questões femininas.
O Brasil anda infestado por tumores que crescem sob o olhar complacente do governo. Exploradores da prostituição infantil, pedófilos impunes, pais que violentam filhos e outras obscenidades vão transformando o país num viveiro de crianças traídas. Com tantas meninas estupradas por aí, Iriny cismou com Gisele Bundchen. Eis um caso que foto explica.
Tags: Abaetetuba, Belém, estupro, Gisele Bündchen, Hope, Iriny Lopes, juíza, prisão, prostituição infantil, Santa Isabel do Paraná, Secretaria de Políticas para as Mulheres
30/09/2011 14:24 | Categoria:
Na tentativa de se aproximar de Iriny, Tom Brady se filiou ao PMDB e já encaixou um ministério
CONAR – Dizendo-se vítima das trapaças do amor, o jogador de futebol americano Tom Brady, atual marido de Gisele Bündchen, confessou ter sido trespassado pelas setas de cupido nesta última segunda-feira, ao inteirar-se, pela internet, do caso do anúncio de lingerie que pôs sua mulher em confronto com a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes. “Fui fulminado por um raio”, balbuciou, perplexo.
Brady, que já comunicou a intensidade de seus novos sentimentos à modelo, saiu de casa e, por ora, encontra-se hospedado no Centro Simone de Beauvoir de Combate a Estereotipia, um centro de estudos dedicado a pesquisar as várias formas de apropriação do feminino pela cultura de massas.
Em carta enviada a Brasília e divulgada em todos os programas vespertinos de culinária e moda da tevê brasileira, Tom Brady fez um apelo para que a ministra Iriny ouça as suas razões. Para Ana Maria Braga, não teve pudor em esconder as lágrimas: “Só peço um jantar à luz de velas. E se isso não for possível, ao menos um pedalinho no Paranoá.” E num apelo crispado: “Ana, Iriny não me conhece, mas posso afiançar que meus sentimentos são puros. Puros e desesperados.” Louro José passou-lhe um kleenex.
O atleta americano confessou a amigos que o amor por Gisele, embora sincero, vinha se esgarçando toda vez que a modelo chegava em casa avisando que estourara a conta do cartão de crédito ou batera com o carro. “Há limites para tudo”, disse, com sofreguidão. Quando a brasileira passou a dar as más notícias em trajes íntimos, Brady se deu conta que a mulher perdera a razão. “Eu a apoiarei em tudo, mas o casamento virou uma farsa”, sussurrou.
“Hoje, busco um amor mais maduro e responsável”, disse Brady, mencionando, com paixão, o fato de Iriny Lopes jamais ter perdido um só ponto na carteira de habilitação. “Como se não bastasse, o nome dela no SPC é estelar.”
Em junho passado, a American Express batizou de “Iriny Lopes” a categoria de clientes que nunca entraram no vermelho.
Comissão de ética convida Stevie Wonder para analisar provas
29/09/2011 15:55A Comissão de Ética distribuiu panfletos sugerindo um novo código de indumentária para assessoras de deputados
BRASÍLIA - Em sintonia com os anseios da sociedade, o presidente da Comissão de Ética, Sepúlveda Pertence, anunciou que pretende reabrir a apuração de denúncias contra o deputado Valdemar da Costa Neto. "Para dirimir qualquer dúvida quanto à lisura do processo, convidamos o senhor Stevie Wonder, cuja reputação atravessa fronteiras, para integrar o corpo de voluntários que passa o dia analisando processos atrás de provas documentais contras os parlamentares", explicou.
A Comissão, que considerou razoáveis as consultorias de Palocci, julgou normal o contrato das ONGs que atendiam o Ministério do Turismo, e não viu necessidade de provas para absolver Valdemar da Costa Neto, enviou ontem um ofício à Câmara pedindo a anistia de Odete Roitmann. "Não encontramos nenhum indício de malfeitoria”, explicou Pertence.
Livre, leve e solto, Costa Neto anunciou que, em 2012, a Comissão redefinirá o conceito de "ética". "Os pensadores de meu partido se debruçaram sobre os textos fundadores de nossa tradição ocidental e chegaram à conclusão que será considerada ética toda a ação que não constranger a diretoria do DNIT vigente”, explicou.
Ministra faz ‘cruzada’ em site para retirar Gisele do ar
DivulgaçãoGanhou contornos de cruzada o esforço de Iriny Lopes, ministra-chefe da Secretaria de Políticas para Mulheres, para tirar do ar campanha estrelada por Gisele Bündchen.
Nesta
quinta (29), foram pendurados no site oficial da pasta dois artigos
contendo duros ataques às peças publicitárias da fábrica de lingeries Hope.
Um
deles é assinado por Carmen Hein de Campos, coordenadora nacional do
Cladem (Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos
da Mulher).
Carmen tacha de “sexista” a propaganda da Hope. A certa altura, anota:
“Uma mulher infantilizada e dependente (representada por Gisele Bündchen)
é ‘ensinada’ que, para tratar com marido sobre o fato de ter batido o
carro, ou excedido o cartão de crédito, a melhor forma é ficar de
calcinha e sutiã.”
Para
a autora, a agência publictária responsável pela campanha “talvez não
esteja informada que as mulheres representam hoje mais de 30% das
chefias de famílias.”
Afirma
que “retirar do ar a propaganda é uma demonstração de respeito às
mulheres e reconhecimento que mais não suportamos ser tratadas como
objetos ou estereotipadas em comerciais.”
Em reforço ao seu raciocínio, Carmen empurra Dilma Rousseff para dentro da argumentação:
“As
mulheres brasileiras elegeram a primeira presidenta do país, que fez
história ao abrir, pela primeira vez, uma reunião das Nações Unidas
discursando sobre a igualdade de gênero e questões sérias vivenciadas
pelos povos no mundo.”
O segundo artigo veiculado no site da pasta dirigida por Iriny é assinado por Lícia Peres, identificada como “socióloga”.
Anota que anota que a campanha “protagonizada pela modelo internacional Gisele Bündchen […] reforça a visão estereotipada de que a mulher brasileira tem no corpo seu único atributo a merecer valor.”
Para
ela, a campanha da Hope “é altamente discriminatória.” Por quê?
“Infantiliza a figura feminina, reforça estereótipos que o cotidiano das
mulheres desmente…”
“…Está totalmente na contramão da história e da contemporaneidade.”
Antes de veicular os dois artigos, a pasta de Iriny havia divulgado uma nota oficial. No texto, informara-se sobre a expedição de dois ofícios da ministra.
Num, Iriny requereu ao Conar (Conselho Brasilero de Auto-Regulamentação Publicitária) a retirada da campanha da Hope do ar. Abriu-se um processo. nesta quinta (29).
Noutro, a ministra manifestou seu “repúdio” a Sylvio Korytowski, diretor da Hope. Por ora, Gisele continua no ar.
A cruzada de Iriny logrou, por ora, tonificar a visibilidade dos comerciais que a ministra deseja censurar.
‘Sou baixa, gorda e índia e não me vejo na propaganda da Gisele’
Para dirigente da Secretaria de Políticas para as Mulheres, o problema do comercial com a top model é a informação fora de contexto
30 de setembro de 2011 | 17h 08
Hugo Passarelli, do Economia & Negócios
SÃO PAULO - A polêmica em relação à propaganda da top model Gisele Bündchen para a lingerie Hope ainda
deve durar, ao menos, 45 dias, o período médio de tempo que o Conselho
de Autorregulamentação Publicitária (Conar) leva para analisar a
suspensão de peças publicitárias consideradas impróprias. O processo foi
aberto ontem pelo órgão regulatório.
Para Aparecida Gonçalves, secretária nacional de combate à violência contra a mulher, o problema da peça publicitária "não é Gisele Bündchen, nem a lingerie, mas é a questão que está por trás disso". É passar uma imagem errônea da mulher brasileira, que não é submissa, é consumidora, moderna e até presidente", diz. "Agora, se fosse num jantar à luz de velas, o charme e a lingerie até se justificariam", afirma.
Pessoalmente, Aparecida diz se sentir ofendida pela propaganda, já que, como ela própria descreve, "é baixa, gorda e índia" e não se vê representada na peça publicitária. Assim, ela afirma que o objetivo da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) é questionar que tipo de imagem da mulher brasileira está sendo criado.
O Conar ainda está escolhendo o júri que apreciará a questão. Assim, a campanha "Hope Ensina" continua a ser exibida até a decisão final do órgão, uma vez que o relator escolhido para o caso não concedeu liminar exigindo que a campanha deixe de ser veiculada, informa a assessoria de imprensa do Conar.
Após receber denúncias sobre um eventual preconceito da propaganda em relação à mulheres, a SPM enviou um ofício ao Conar pedindo a abertura de um processo. Até o início da tarde desta sexta ainda não havia sido recebido. O motivo, informa Aparecida, é a greve dos Correios, que impediu a comunicação formal usada normalmente pelo governo.
A Secretaria foi a mesma que pediu medidas contra a campanha da Devassa, da Cervejaria Schincariol, onde a socialite Paris Hilton se assumiu "devassa". "De lá para cá, mudou a qualidade da propaganda na TV, porque os publicitários efetivamente começaram a mudar isso (estereotipação da mulher)", diz Aparecida.
Texto atualizado às 18h30
O jornalismo chapa-branca nasceu com a imprensa, mas nunca foi tão descarado
No meio do Roda Viva
com Orestes Quércia, um dos entrevistadores limpou a garganta com um
pigarro, caprichou na pose de inquisidor implacável e preveniu o alvo
sentado no centro da arena:
─ Governador, vou fazer uma provocação.
Tensão no estúdio. Jornalistas se entreolham, intrigados. O entrevistado fica com o costado em riste enquanto agarra com as mãos os dois braços da cadeira. O provocador, que trabalhara na assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes, emposta a voz e vai à luta:
─ Como o senhor se sente ao saber que é considerado o melhor governador que São Paulo já teve?
A provocação era um elogio, espantei-me, já rabiscando um bilhete que chegou no intervalo às mãos do apresentador Jorge Escosteguy, meu amigo e companheiro de redação de VEJA. Tinha uma frase só: “A provocação que acabamos de ouvir comprova que certas demonstrações de pusilanimidade exigem muito mais coragem do que qualquer ato de bravura na mais terrível das guerras”. Escosteguy caiu na gargalhada e respondeu em voz alta: “Bota coragem nisso!”
A imprensa chapa-branca sempre existiu, mas naquela época poucos jornalistas oficiais ousavam ir tão longe quanto o entrevistador de Quércia. Pelo menos com gente vendo eram bem mais contidos, ou muito menos descarados do que os que andam confraternizando com a presidente Dilma Rousseff. Nesta quinta-feira, por exemplo, a dupla escalada pelo programa Hoje em Dia, da TV Record, transformou Patrícia Poeta num monumento à agressividade.
Sempre atento, Celso Arnaldo Araújo acompanhou o palavrório que adoçou com perguntas a favor e deslumbrados pontos de exclamação o café da manhã cenográfico. O texto do nosso grande caçador de cretinices está na seção História em Imagens, ilustrado por um vídeo de 2min17. Veja o bate-bola da trinca. Parece mentira. Lamentavelmente para o Brasil que pensa, é tudo verdade.
─ Governador, vou fazer uma provocação.
Tensão no estúdio. Jornalistas se entreolham, intrigados. O entrevistado fica com o costado em riste enquanto agarra com as mãos os dois braços da cadeira. O provocador, que trabalhara na assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes, emposta a voz e vai à luta:
─ Como o senhor se sente ao saber que é considerado o melhor governador que São Paulo já teve?
A provocação era um elogio, espantei-me, já rabiscando um bilhete que chegou no intervalo às mãos do apresentador Jorge Escosteguy, meu amigo e companheiro de redação de VEJA. Tinha uma frase só: “A provocação que acabamos de ouvir comprova que certas demonstrações de pusilanimidade exigem muito mais coragem do que qualquer ato de bravura na mais terrível das guerras”. Escosteguy caiu na gargalhada e respondeu em voz alta: “Bota coragem nisso!”
A imprensa chapa-branca sempre existiu, mas naquela época poucos jornalistas oficiais ousavam ir tão longe quanto o entrevistador de Quércia. Pelo menos com gente vendo eram bem mais contidos, ou muito menos descarados do que os que andam confraternizando com a presidente Dilma Rousseff. Nesta quinta-feira, por exemplo, a dupla escalada pelo programa Hoje em Dia, da TV Record, transformou Patrícia Poeta num monumento à agressividade.
Sempre atento, Celso Arnaldo Araújo acompanhou o palavrório que adoçou com perguntas a favor e deslumbrados pontos de exclamação o café da manhã cenográfico. O texto do nosso grande caçador de cretinices está na seção História em Imagens, ilustrado por um vídeo de 2min17. Veja o bate-bola da trinca. Parece mentira. Lamentavelmente para o Brasil que pensa, é tudo verdade.
Anexo:Lista de pessoas envolvidas no escândalo do mensalão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A quantidade de pessoas citadas no escândalo do mensalão é extensa. Segue abaixo uma lista com alguns dos principais personagens.Índice[esconder] |
[editar] Do PT
Em ordem alfabética.- Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, assumiu para si toda a responsabilidade de arquitetar e executar o esquema de financiamento ilegal do PT e de outros partidos aliados com a ajuda de Marcos Valério. Delúbio disse que nem a direção do PT, nem o ministro José Dirceu conheciam a origem dos recursos obtidos com Marcos Valério. Ele alega que estes recursos seriam pagos e que serviram para o pagamento de despesas "não contabilizadas" das campanhas eleitorais de 2002 e 2004 do PT e dos partidos aliados. A versão foi endossada por Valério. Afastou-se do cargo após as denúncias.
- Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os irmãos do Prefeito Celso Daniel dizem que Carvalho transportava malas de dinheiro do esquema de corrupção montado na Prefeitura de Santo André para o então presidente do PT José Dirceu.
- João Magno (PT-MG), Disse que recebeu dinheiro das contas de Marcos Valério, seguindo a orientação do tesoureiro Delúbio Soares.
- João Paulo Cunha (PT-SP), deputado federal, ex-presidente da Câmara. Dois assessores do deputado mais a sua esposa visitaram o Banco Rural no Brasília Shopping. O deputado disse à CPI dos Correios que sua mulher foi ao banco pagar uma prestação de TV a cabo. A diretora financeira da SMPB (empresa de Marcos Valério), Simone Vasconcelos, disse para a Polícia Federal que João Paulo Cunha recebeu R$ 200 mil de ajuda do empresário. Em seguida, documentos enviados pelo Banco Rural mostraram que a esposa de Paulo Cunha sacou R$ 50 mil. Marcos Valério retificou a lista de Simone Vasconcelos e disse que Paulo Cunha recebeu só R$ 50 mil. Porém, Valério não explicou onde foram parar os outros R$ 150 mil. [1]
- José Adalberto Vieira da Silva (PT-CE), preso pela Polícia Federal com US$ 100.000,00 na cueca, assessor do deputado José Nobre Guimarães.[2], [3], [4]
- José Dirceu, acusado por Jefferson de ser o "mandante" e o "cérebro do maior sistema de corrupção da história da República", nega categoricamente as acusações, afirmando desconhecer totalmente o esquema de empréstimos e pagamento a deputados. Demitiu-se do cargo de Ministro Chefe da Casa Civil, reocupando seu mandato de Deputado Federal e passando a dedicar-se totalmente à sua defesa no processo de cassação por quebra de decoro parlamentar contra ele aberto na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados. José Dirceu teve seu cargo cassado pela Câmara dos Deputados na noite do dia 30 de novembro de 2005 para a madrugada do dia 1º de dezembro de 2005. Os votos a favor da cassação foram 293.
- José Genoíno, ex-presidente do PT. Denunciado por utilizar Marcos Valério como fiador de empréstimos ao PT junto aos bancos do Brasil, Banco Rural e BMG. Também paira sobre ele a suspeita dos doláres apreendidos na cueca do assessor de seu irmão, o deputado José Guimarães. Renunciou à presidência do PT após o escândalo.
- José Mentor (PT-SP), teve atuação polêmica como relator da CPI do Banestado, quando fez sumir, inexplicavelmente, as menções ao Banco Rural no relatório final da CPI. Seu escritório de advocacia recebeu R$ 60 mil de uma conta no Rural de uma empresa de Marcos Valério.
- José Nobre Guimarães (PT-CE), irmão de José Genoíno, teve seu assessor flagrado com US$ 100.000,00 na cueca, além de R$ 200.000,00 na mala. O deputado Guimarães também é acusado do recebimento de R$ 250.000,00 das contas de Marcos Valério. [5], [6], [7], [8]
- Josias Gomes (PT - BA), suspeito de retirar, pessoalmente, a quantia de R$ 100 mil das contas de Marcos Valério. [9]
- Juscelino Dourado, chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Pediu demissão em setembro de 2005 em meio a denúncias de que teria participado ao lado de Rogério Buratti e Vladimir Poleto de operações de tráfico de influência no Ministério da Fazenda. [10],[11], [12]
- Luiz Gushiken, ex-dirigente da SECOM (Secretária de Comunicação, até então com status de ministério), que indicava dirigentes para os fundos de pensão. Acusado de favorecimento de uma corretora de seus ex-sócios ligada a fundos de pensão. Os bancos BMG e Rural são suspeitos de lucrar indevidamente com os fundos.[13], [14], [15], [16], [17], [18], [19]
- Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) segundo Duda Mendonça em declaração a Veja Lula supostamente teria conhecimento do escândalo de caixa dois do PT, e não denunciou. Lula alegou durante muito tempo ser completamente ignorante sobre o esquema, tendo sido apenas em meados do fim do segundo mantato que admitiu estar ciente desde 2005[20].
- Marcelo Sereno, ex-secretário de Comunicações do PT. Demitiu-se após o escândalo.
- Paulo Rocha (PT-PA), deputado federal, ex-líder do PT na Câmara. Sua assessora foi ao Banco Rural onde fez saques das contas de Marcos Valério no valor de R$ 920 mil. Renunciou à liderança do partido e mais tarde ao cargo de deputado para fugir à cassação. [21]
- Professor Luizinho (PT-SP), deputado federal, ex-líder do governo na Câmara, teve um assessor que recebeu R$ 20 mil de Marcos Valério.[22]
- Raimundo Ferreira Silva Júnior, vice-presidente do PT no Distrito Federal. Trabalhava no gabinete do deputado Paulo Delgado (PT-MG). Também sacou dinheiro das contas de Marcos Valério. [23], [24]
- Ralf Barquete, assessor de Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, morreu de câncer em 8 de Junho de 2004. Rogério Buratti disse que em 2002 Barquete consultou-o sobre como fazer para trazer dólares do exterior.
- Rogério Buratti, trabalhou como secretário na prefeitura de Ribeirão Preto, durante a administração do prefeito Antonio Palocci (atual ministro da Fazenda). Foi também assessor do deputado José Dirceu na década de 1980. Foi preso em agosto acusado de lavagem de dinheiro. Em busca do benefício da delação premiada, Buratti começou a fazer várias acusações contra o ministro da Fazenda.
- Sérgio Gomes da Silva, mais conhecido como o "Sombra". Trabalhou na administração do prefeito Celso Daniel, assassinado em 2002. Segundo o Ministério Público ele é o principal suspeito de ser o mandante do crime. [25], [26], [27], [28]
- Silvio Pereira, ex-secretário Geral do PT. Ao lado de Delúbio Soares e Marcelo Sereno, foi responsável pelo saque de R$ 4.932.467,12 das contas das empresas de Marcos Valério. Durante as investigações, foi acusado de corrupção por ter recebido de presente de uma empresa privada uma Land Rover, em troca de vantagens para na estatal Petrobrás. [29], [30]
- Vladimir Poleto, economista e ex-assessor na Prefeitura de Ribeirão Preto do Ministro da Fazenda Antonio Palocci. Ao lado de Rogério Buratti, é acusado de fazer tráfico de influência. Em 31 de julho de 2002, ajudou a transportar caixas lacradas de bebida de Brasília até São Paulo. Segundo Buratti, dentro das caixas havia dólares doados por Cuba para a campanha de Lula.
- Wilmar Lacerda, presidente do PT no Distrito Federal. Disse para a Polícia Federal que recebeu R$ 380.000,00 da empresa SMPB, do publicitário Marcos Valério. Justificou-se dizendo que apenas seguiu a orientação do tesoureiro do partido Delúbio Soares. [31],[32]
- Waldomiro Diniz, assessor do ministro da Casa Civil José Dirceu. Waldomiro foi acusado de extorquir empresários do Jogo do Bicho e de Casas de Bingo para arrecadar fundos para campanhas políticas do PT. [33]
[editar] Da base aliada
Entenda-se por "base aliada" os partidos que davam sustentação política ao PT, antes do início do escândalo: PTB, PP, PL e PMDB.- Roberto Jefferson (PTB-RJ), que deu origem ao escândalo quando denunciou a prática do Mensalão. Acusado de operar um esquema de arrecadação de "contribuições eleitorais" de fornecedores de estatais como os Correios, o IRB e Furnas. Também é acusado de crime eleitoral, quando recebeu R$ 4 milhões diretamente das mãos de Marcos Valério (enviado de José Dirceu) para o PTB, numa operação não declarada à Justiça Eleitoral.
- José Carlos Martinez (PTB-PR), (1948-2003). Acusado de ter recebido R$ 1.000.000,00
- Romeu Queiroz (PTB-MG). Acusado de ter recebido R$ 350.000,00
- José Janene (PP-PR), (1955-2010). Citado por Jefferson desde o início, era acusado de distribuir o Mensalão para a bancada do PP. Seu envolvimento foi comprovado pelo depoimento de seu assessor João Cláudio Genu à Polícia Federal, que confessou fazer os saques e entregar o dinheiro à tesouraria do PP.
- Pedro Corrêa (PP-PE) - presidente do PP, também foi denunciado por Jefferson e incriminado por Genu.
- Pedro Henry (PP-MT) - Ex-líder da Câmara, também foi implicado pelo depoimento de Genu.
- José Borba (PMDB-PR) - Ex-líder do PMDB na Câmara. É acusado pela diretora financeira da SMPB de ter recebido R$ 2,1 milhões, mas de ter se recusado a assinar o comprovante de saque (obrigando-a a ir até a agência do banco para liberar o pagamento).
- Valdemar Costa Neto (PL-SP)- acusado de ser o distribuidor do Mensalão para a bancada do PL. Seu ex-tesoureiro, Jacinto Lamas, é acusado de ser o maior beneficiário dos saques das contas de Marcos Valério no Banco Rural, recebendo R$ 10.837.500,00. Para evitar o processo de cassação, o deputado renunciou às pressas, antes que fosse aberto inquérito contra ele.
- Bispo Rodrigues (PL-RJ) - coordenava a bancada da Igreja Universal do Reino de Deus na Câmara. Teria recebido R$ 150 mil. Foi defenestrado pela sua igreja.
- Anderson Adauto (PL-MG) - o ex-ministro dos transportes, atualmente filiado ao PMDB e prefeito reeleito de Uberaba em 2008. Apesar dos processos contra ele foi reeleito em primeiro turno demonstrando a indiferença do brasileiro á corrupção, recebeu, por intermédio de seu chefe de gabinete, o valor de R$ 1.000.000,00 de Marcos Valério.
[editar] Outros
- Marcos Valério, empresário, sem partido. Sendo o "operador do Mensalão", está sendo acusado de diversos crimes de ordem política, financeira, criminal, eleitoral e fiscal. Além de seu envolvimento atual com o PT e o "mensalão", revelou que manteve um esquema semelhante em 1998 envolvendo o PSDB: naquele ano, através de empréstimos bancários avalizados pelos contratos de publicidade que mantinha com o governo mineiro, financiou as campanhas de diversos candidatos tucanos, entre os quais o senador Eduardo Azeredo, candidato ao governo de Minas Gerais, e que tinha, como candidato a vice-governador, Clésio Andrade, então sócio de Valério na SMP&B.
- Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Não é acusado de envolvimento direto com o Mensalão, mas é acusado de recebimento de recursos de Marcos Valério para compor o "caixa 2" de sua campanha eleitoral ao Governo de Minas em 1998.
- Roberto Brant (PFL-MG). Deputado mineiro do PFL, foi um dos que receberam recursos das empresas de Valério. Chamou a atenção o fato do deputado Brant, de um partido de oposição ao governo, ser identificado como um dos que receberam dinheiro de Valério. Brant argumentou que o dinheiro que recebeu teria sido contribuição de campanha da empresa Usiminas, a qual não havia sido declarada como um de seus doadores oficiais. Valério desmentiu o deputado e a Usiminas não se manifestou.
- Duda Mendonça, publicitário responsável pela campanha eleitoral de Lula. Sua sócia, Zilmar da Silveira, aparece como beneficiário de Marcos Valério, tendo recebido dela R$ 15.500.000,00.
- Fernanda Karina Somaggio, secretária de Marcos Valério, resolveu testemunhar contra o seu ex-chefe. Confirmou o envolvimento de Valério com Delúbio Soares e com diversos deputados acusados posteriormente de envolvimento com o esquema de corrupção. Denunciou também que os pagamentos eram feitos em malas de dinheiro. Sua agenda que marca os encontros entre Marcos Valério e outras personagens envolvidas no escândalo (Delúbio Soares, José Mentor, entre outros) foi apreendida pela Polícia Federal.
- Renilda Soares, esposa de Valério. Não acrescentou muito às investigações, mas denunciou que José Dirceu tinha pleno conhecimento do esquema de corrupção de Valério, e que tudo era feito com a sua anuência.
- Toninho da Barcelona ou Antônio Oliveira Claramunt. Um dos principais doleiros brasileiros, preso e condenado por realizar operações financeiras ilegais. Ouvido informalmente por alguns parlamentares da CPMI dos Correios, ele alegou que fez várias operações de câmbio para o Partido dos Trabalhadores (PT) e outros partidos. Segundo o doleiro, o PT mantinha uma conta clandestina no exterior no Trade Link Bank, offshore vinculada ao Banco Rural; o caixa do partido vivia cheio de dólares; em 2002, durante a eleição para presidente, o doleiro fazia operações quase diárias de troca de dólares, com valores entre 30 mil e 50 mil dólares, no gabinete do então vereador Devanir Ribeiro; e a corretora Bônus-Banval, de São Paulo era usada para lavagem de dinheiro e outras operações escusas.
- Daniel Dantas, empresário, dono do grupo financeiro Opportunity. Teria praticado tráfico de influência, com a ajuda de Marcos Valério, para que seu grupo fosse favorecido na disputa pelo controle da Brasil Telecom, travada contra o fundo de pensão Previ e o Citibank. Dantas foi condenado em primeira instância pela justiça dos Estados Unidos por práticas que ferem os interesses de acionistas minoritários. Correm contra ele também processos por ter efetuado escutas ilegais em políticos ligados ao então candidato a presidente Luis Inácio Lula da Silva, contratadas junto à empresa Kroll.
- Paulo Okamoto, Presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE),e com comprovadas ligações com o PC do B. Acusado de enviar R$ 29.436,00 de um empréstimo feito com ajuda do tesoureiro do PT, para o PC do B na carta que Delúbio Soares enviou a CPI do mensalão em 30 de agosto de 2005.(ver no Bloger da jornalista Elane Moura [34])
- Vavá, Genival Inácio da Silva, irmão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo denúncias publicadas pela imprensa brasileira, aproveitou o parentesco com Lula para fazer tráfico de influência em diversos órgãos. [35], [36]
- Carlos Massa, o Ratinho, apresentador do "Programa do Ratinho" do SBT na noite. Seu nome foi citado em um suposto pagamento de 5 milhões de reais para falar bem do PT em 2004, segundo a revista Veja dia 4 de março, datada do dia 8. Ratinho nega a acusação e chegou a ameaçar em processar a revista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário