Edinho Silva evitou a maioria das perguntas; advogado e vereador discutem
22/07/2011 - 16:54
O depoimento do deputado estadual e presidente do PT-SP, Edinho Silva, à Comissão Processante teve mais bate-boca do que esclarecimentos na tarde desta sexta-feira (22) na Câmara Municipal. Os desentendimento foram Alberto Rollo, advogado do prefeito, e o vereador Artur Orsi (PSDB), autor do pedido de impeachment de Hélio de Oliveira Santos.
O petista veio a Campinas depor a pedido do advogado. Rollo, que começou a fazer as perguntas, fez uma comparação entre o escândalo na administração municipal e os que envolveram a Secretaria de Estado da Saúde, no mês passado, sobre o pagamento de plantões não realizados no hospital de Sorocaba. A ideia era mostrar que o governador Geraldo Alckmin não poderia ser responsabilizado pelo que acontecia de errado com seus subordinados, e estender isso ao Dr. Hélio.
O paralelo desagradou Orsi e em vários momentos o depoimento deu lugar ao bate-boca. Em certo momento, o presidente da CP, Rafa Zimbaldi, chegou a negar a palavra ao advogado e ao vereador.
Para a maioria das perguntas feitas por Orsi, o presidente estadual do PT alegou não poder responder, já que não tem conhecimento do processo em trâmite no Legislativo em Campinas. Afirmou conhecer os envolvidos nas denúncias apenas por ocasião de reuniões partidárias ou de visita de ministro. Durante os 45 minutos em que esteve diante dos vereadores, Edinho Silva repetiu várias vezes que não iria emitir opinião "sobre o que está sendo emitido em tese", ao ser questionadop sobre a responsabilidade de Dr. Hélio no escândo envolvendo integrantes do seu governo.
Ex-vereador e ex-prefeito em Araraquara, o deputado lembrou que a reunião com outros deputados e com a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo, logo depois do escândalo em Campinas, foi no sentido de evitar a “partidarização do caso”.
Último
O depoimento de Edinho Silva é o último dos que foram previstos pela CP. Foram ouvidas dez pessoas até agora, inclusive o próprio prefeito e o ex-presidente da Sanasa Luiz de Aquino, delator do esquema de corrupção no governo municipal.
Os integrantes da CP têm até o fim de agosto para emitir o relatório final das investigações. Caso decidam pela cassação do prefeito, é necessário o voto favorável de pelo menos 22 dos 33 vereadores, para que Dr. Hélio perca o mandato.
eptv.globo.com/campinas/
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