Coordenadora de Posto de Saúde da Família de Magé é presa acusada de fazer propaganda política

Ana Carolina Torres

A coordenadora do Posto de Saúde da Família (PSF) de Maria Conga, no bairro de mesmo nome em Magé, na Baixada Fluminense, foi presa no início da manhã desta sexta-feira por fiscais eleitorais e agentes da Polícia Federal. Ela é acusada de obrigar funcionários comissionados a trabalharem como cabos eleitorais do candidato a prefeito Werner Benites Saraiva da Fonseca, apoiado pela família Cozzolino. Viviane Santos Alves de Araújo foi surpreendida em casa, na Rua 1, no bairro Vila Esperança. Outros dois funcionários do mesmo posto que também coagiriam colegas de trabalho foram afastados do serviço e estão proibidos de chegar a menos de um quilômetro do local.

- Na semana passada apreendemos memorandos, ofícios e folhas de frequência mostrando que os funcionários apenas assinam o ponto de manhã e saem para fazer campanha. Outros sequer assinam e são abonados. E eles agem no cabresto. É uma exploração - disse o fiscal eleitoral e oficial de Justiça da 148ª Zona Eleitoral, Antonio da Silva Araújo.

Segundo ele, Viviane vinha sendo monitorada há quatro dias. As denúncias recebidas pela 148ª Zona Eleitoral são de que, além de coagir funcionários do PSF, ela e seu grupo também iriam a comércios e obrigariam os donos dos estabelecimentos a expor cartazes de Werner.

- E tem mais: quem procura atendimento no posto só o consegue se prometer votar no candidato deles - contou Antonio.

O fiscal disse ainda acreditar que essa situação se repita em todos os PSFs de Magé. De acordo com ele, quem quiser denunciar a situação deve procurar o cartório de fiscalização da 148ª Zona Eleitoral. O nome da pessoa é mantido em sigilo.

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