Por Carlos Eduardo Gonçalves
Esse seria um bom apelido para nosso banco de desenvolvimento.
É inacreditável como o BNDES assumiu com todo vigor o papel de Robin Hood às avessas nos últimos anos, tirando dos pobres para ajudar os ricos. Causam extrema indignação para alguém de bom senso os aportes crescentes do Tesouro com vistas a prover fundos para o BNJBSDES aumentar sua base de capital e assim poder emprestar dinheiro para empresários ricos. As quantias não são nada módicas, como sinalizam os 16 bilhões para os frigoríficos JBS e Marfrig.
Caros leitores, se o dinheiro vem do FAT e do Tesouro, ele vem INVOLUNTARIAMENTE dos trabalhadores que pagam impostos. Não há mágica. O custo de oportunidade disso é de um lado a taxa de juro de mercado que as pessoas poderiam estar recebendo caso não existisse o FAT para surrupiar-lhes parte do salário, e de outro a melhor aplicação dos impostos (em educação, redução de impostos) que financiam os gastos públicos como um todo. Ao invés disso, nosso dinheiro vai em parte para subsidiar esses gigantes frigoríficos.
E para quê? Para eles se tornarem grandes competidores mundiais, diz o governo. Mas para quê? Difícil de entender, pois além de transferir renda indevidamente de pobres para ricos, a ação está gerando grande concentração no mercado, e quem vende carne começa a reclamar do poder de barganha excessivo do JBS.
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