Divulgação Edson Celulari como Ricardo Bismark e Cláudia Raia como Maria Escandalosa, na novela "Deus nos Acuda" de 1992. O namoro dos dois começou durante as gravações da trama |
Acabou o casamento dos atores Claudia Raia, 43, e Edson Celulari, 52 anos. A assessoria de imprensa do casal enviou um comunicado à imprensa na manhã desta segunda-feira (26). Leia abaixo o comunicado na íntegra:
"Foram quase duas décadas de uma uniäo feliz, com os altos e baixos de qualquer relação entre marido e mulher, que termina agora deixando como fruto a amizade, o respeito e a admiração mútua, além de um casal de filhos lindos e amorosos que nos ligará para sempre através de um amor profundo.
Ao longo de nossas carreiras sempre contamos com o carinho e respeito da imprensa na observação dos limites que separam a nossa vida pública da privada. Esperamos continuar a merecê-los neste momento especial de recolhimento.
Edson e Claudia"
Em entrevista ao UOL, Claudia Raia deu a seguinte declaração, em tom de brincadeira: "Já fiz par romântico com o Alexandre (Borges) seis vezes na TV. Acho que tenho mais intimidade com ele do que com o Edson”. A atriz e Alexandre Borges são novamente um par romântico em "Ti-Ti-Ti", trama das sete da Globo.
O casal estava junto havia 17 anos. O romance começou durante as gravações da novela "Deus nos Acuda", em 1993. Exatamente um ano após o fim da novela, os dois se casaram, no dia 7 de fevereiro de 1994, numa cerimônia budista.
O primeiro filho do casal, Enzo, nasceu no início de 1997. Já a gravidez de Sophia, a caçula, foi aproveitada até o fim na novela "O Beijo do Vampiro", quando Cláudia interpretava a vampira Mina, que também engravidou na trama. Sophia nasceu no começo de 2003.
Após o nascimento dos filhos, Claudia e Edson procuram não atuar em novela na mesma época, para que um deles esteja sempre mais perto das crianças. Com sete anos de idade, Sophia quer saber por que sua mãe não escolheu ser médica ou advogada, para ter mais tempo ao lado da família. “Sophia, mamãe trabalha com sonhos! E isso é muito bacana”, tentou convencer Cláudia, que terminou escutando da filha: “Mas, mamãe, esse sonho está virando pesadelo.”
Segunda, 26 de julho de 2010, 17h03 Atualizada às 17h22
Celulari e Cláudia Raia: um fim para ser visto como lição
Marina Gold
Ontem mesmo escrevia sobre uma cerimônia de casamento tranquila, a de Ana Paula Arosio. Hoje, poucas horas depois, uma separação tranquila, sim, porque essas coisas, ainda que raras, existem. Edson Celulari e Cláudia Raia comunicaram oficialmente que estão deixando de viver juntos.
Puxa, que surpresa, bem eles que há 17 anos demonstravam estabilidade. Como todas as coisas da vida, vale dizer, desse exercício reiterado e dinâmico que é a vida, essa relação também podia acabar, e assim foi. Detalhe importante, que complementa a harmonia da história dividida longamente pelo casal: um término que vale ser destacado como lição.
Amores e casamentos mobilizam e elaboram grandes cargas de investimento afetivo. A escolha do "ele" ou "ela" é sempre arriscada e, como se sabe, não é fácil manter de braços dados na caminhada, convívio, paixão e conveniência. O amor fecha os olhos, sem ele as coisas são monótonas e convencionais. O equilíbrio aqui, ouso afirmar, depende mais da sorte do que da competência para fazer a escolha acertada. Por isso mesmo, muitos casamentos acabam, sem necessidade de maiores justificativas.
Quando um casal se divide, não deve valorizar o infortúnio, aquelas semanas ou meses finais que são, geralmente, espaço para brigas e ferimentos. É preciso olhar para as coisas que não inspiram amargura. Os ecos dessa lição, que aprendi em anos de prática atendendo um dos cônjuges ou a dupla, pude encontrar na nota oficial que Celulari e Raia divulgaram.
Mais interessados na sabedoria do que no sofrimento, os atores falam em "amizade, respeito e admiração mútua". Evitam assim qualquer idéia de perplexidade e perseguição. O mais importante vem a seguir: exorcizando qualquer confusão, colocando no centro das preocupações o que precisa ser colocado, falam dos filhos, "lindos e amorosos que nos ligarão para sempre através de um amor profundo".
Está tudo aí. Eis uma verdadeira lição de como enfrentar a dificuldade de uma separação. Serenidade, autocontrole, capacidade de discernir racionalmente e de cuidar das coisas mais importantes e amadas. Era o que podíamos esperar desse casal, unido, em 1994, numa bonita cerimônia budista. Ah, sim, isso explica algumas coisas! Ali prometeram alcançar juntos uma vida feliz. Sei que conseguiram e, com a dignidade que demonstram, merecem e vão seguir conseguindo.
22/03/2010 - 12:16
Claudia Raia: ''Eu estou sempre em labareda! Edson domina esse fogo''
Tabach
Em casa, Claudia Raia, 43 anos, está na fase de responder perguntas do filho, Enzo, 12, como: ''Por que antigamente não precisava transar de camisinha?'' É uma boa pergunta. Para outra, da filha, Sophia, 7, como: ''Mamãe, você prefere o trabalho ou os seus filhos?'', ela já tem uma boa saída e explica que o trabalho é muito importante, mas que, sem eles, seria impossível. E assim a família de Claudia e Edson Celulari, 52, vai em frente, ela com o musical Pernas pro Ar, na próxima semana em Belo Horizonte, ele com Hairspray, em São Paulo - ambos na estrada. Todos já estão acostumados com as viagens, com a não-rotina de cada ano, principalmente o casal, que já está junto há 17 anos. É uma relação que permite decisões saudáveis, como deixar o marido por uns dias curtindo a mãe, quando ela o visita, para manter a individualidade em funcionamento. Ela não imagina a vida sem ele. O acha bonito e quando se vê em um hotel, sozinha, pensa que seria gostoso passar, ali, um fim de semana com o marido. ''Ele é danado. Eu costumo dizer que ele é um grande maestro.'' Linda (como nas fotos, no Hotel Santa Teresa, no Rio de Janeiro), bem-sucedida e com personalidade evidente, Claudia conta tudo...
Na peça Pernas pro Ar, o sexo entre o casal já se tornou algo eventual. Como não deixar isso acontecer com o passar do tempo?
É uma coisa que deve ser regada. Você tem de instigar. Hoje, quando eu cheguei a este hotel, me deu vontade de passar um fim de semana aqui com o Edson. Estou no Rio, na minha cidade, mas é uma maneira de a gente fugir do cotidiano. Uma coisa que é certa na minha vida com Edson: não temos rotina, viajamos sempre, cada um para um lado. Quando nos encontramos, é forte. Mas tem vezes em que a gente passa dois anos diretos dormindo e acordando junto todos os dias. Não tem receita. É sorte... É amor.
Ele ainda a olha com o mesmo olhar apaixonado do início?
Eu acho que sim. Da minha parte, com certeza. E eu sinto isso também. Amigo é amigo. Marido é marido (risos). É claro que tem de existir amizade, mas é uma coisa que se constrói ao longo dos anos. No começo do relacionamento você não é tão amiga da pessoa. Depois ganha confiança. Mas o amor e o brilho no olho têm de existir.
Qual é a vantagem e a desvantagem na hora em que se jura que vai viver junto até que a morte os separe?
Não tem essa obrigação, né? Mais do que tudo, isso é uma coisa religiosa, um compromisso cultural. Nada lhe obriga estar com a pessoa. Eu não consigo imaginar a minha vida sem o Edson. A gente tem tudo em comum. Eu gosto de estar casada. Ficar solteira não é um estado que me fascine, sabe?
E qual é o fascínio do casamento?
Quando se tem um companheiro de verdade, que está do seu lado em qualquer situação, o casamento é o seu porto seguro, é onde você realmente pode dividir. Isso não tem dinheiro que pague. Eu acordo e digo: ''Eu gosto desse homem. Gosto dele como pessoa. Eu o acho bonito''. Isso tudo, depois de 17 anos, é muito bacana.
Consegue se imaginar à sombra de um homem?
Não. A individualidade é fundamental num casamento. Eu não acredito nessa coisa de tudo junto. Aí, você perde suas relações em consequência do casamento. Edson e eu exercitamos a nossa individualidade. A gente sempre insere o outro porque tem coisas que eu não quero fazer sem ele. Mas eu saio com meus amigos. Ele também. Às vezes, viajo só com a minha irmã. Quando a mãe dele vem aqui, faço questão de dar uns dias para eles se curtirem. Sei que há coisas que são anteriores à minha chegada na vida dele.
Para apimentar a relação, você já fez strip-tease? Já foi a um sex shop?
Já fui milhões de vezes ao sex shop! Quanto ao strip-tease é uma coisa íntima demais para eu lhe responder (risos). Tudo o que puder estimular, ser divertido, ser uma brincadeira, eu acho bom. Principalmente quando você consegue provocar o outro. Não adianta fazer só pra você. Se descobrir que teu companheiro gosta disso ou daquilo, ou que pode excitá-lo de uma maneira diferente, acho que vale tudo.
No musical seu personagem está ''pegando fogo''. Você também pega fogo?
Eu estou sempre em labareda! Edson domina esse fogo. Ele é danado. Eu costumo dizer que ele é um grande maestro e não de uma orquestra, mas de uma filarmônica. Ele é muito hábil.
Uma das coreografias do espetáculo brinca com esse lance de bater. Você bate?
Não. Eu sou só beijos, não sou tapas. E não gosto que me batam também. Eu sou movida a carinho. Se tiver qualquer atitude do meu companheiro agressiva, eu declino. Eu nasci para ser bem tratada. Ser maltratada não me fascina, não me excita. Eu sou muito amorosa e preciso desse tipo de relação.
Suas pernas sempre foram muito comentadas. Já foram motivo de ciúme?
Claro, com certeza! Agora, eu ouço: ''Mãe, você vai sair com um vestido tão curtinho assim?'' E eu digo que vou, ué. Está dando certo ainda. Quando não estiver mais, eu escondo.
Enzo já está com 12 anos. Como é ser mãe de um adolescente?
Ele tem vontades de um adolescente, mas é muito bacana, não é histérico.Nos respeita. Não é do tipo que fica enfiado no quarto e ninguém tem acesso a ele.
Já acha a mãe e o pai um mico?
Um pouco (risos). Pergunta: ''Mãe, você vai me buscar na porta da boate? Não é melhor eu voltar de táxi?'' Não quer muito que a gente apareça. Normal, né?
Você foi uma adolescente assim?
Quando era para eu ser adolescente, já estava em Nova York, morando sozinha. Não houve tempo de dar piti. Lá, eu era garçonete numa lanchonete. Tinha bolsa de estudo, mas tinha de trabalhar para sobreviver. Foi uma fase difícil.
O que tenta passar para os filhos?
Primeiro, que tenham opinião própria. Meus filhos têm muita personalidade. Ele é ariano. Ela, capricorniana. A outra coisa que peço é para conversarem com a gente. Outro dia Enzo queria saber por que as pessoas não transavam de camisinha antigamente. Eu disse que não tinha aids. Eu falo: ''Sem camisinha, nunca. Se engravidar uma menina aos 15 anos, acabou a sua vida''.
E Sophia ouve esses papos?
Nessas horas, a gente a tira de perto. Porque se deixar... Daqui a pouco estou botando pílula no Toddynho dela com 10 anos (risos). Ela é muito atirada, comunicativa. Tenho de segurar a Sophia porque ela é muito precoce.
Você atravessou a barreira dos 40 anos. Como se sente?
Tenho 43 anos. Estou no auge da maturidade e o meu corpo ainda responde aos comandos. Acho que é um caminho que tenho de traçar a meu favor. Se for na pilha de que isso está caindo, que a pele está diferente... O Miguel Falabella me disse: ''Bebê, a gente vai alargando para a alma passar com mais tranquilidade''. É muito bom isso! Eu quase morri de rir! A verdade é que quando você bota o pé pra fora da cama, se não sentir uma dor, é porque morreu (risos). Mas dor é uma coisa que faz parte da minha vida há muito tempo. Eu sou uma dor que tem pernas. Bailarina é dor.
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