Autor(es): Agencia o Globo |
O Globo - 25/07/2010 |
ENTREVISTA José Gregori Escolhido pela terceira vez pelo candidato a presidente José Serra (PSDB) para comandar suas contas de campanha, o exministro da Justiça José Gregori é do tipo que valoriza a discrição. E é a esse perfil que o tucano atribui os convites para uma função polêmica, já alvo de escândalos. Silvia Amorim O GLOBO: A campanha do Serra tem o maior orçamento desta eleição. Quanto já foi arrecadado nesses primeiros dias? JOSÉ GREGORI: As coisas estão promissoras, mas não vou falar em números. O primeiro balanço deve ser enviado à Justiça Eleitoral na semana que vem. Vamos cumprir a lei e pretendemos também colocar no site da campanha a quantia arrecadada nesse período. Qual é a estratégia para buscar os recursos? GREGORI: O valor informado à Justiça Eleitoral não é o que você gasta. É o que você estima. Quanto o PSDB prevê, de fato, gastar? GREGORI: O nosso valor se aproxima do valor do PT. E os dois são bastante maiores que o da Marina porque ela tem a metade das alianças que nós temos. Ela vai trabalhar de uma forma mais intensa na metade dos estados brasileiros. Como o senhor avalia que será a corrida por recursos? GREGORI: Todo governo tem mais facilidade do que a oposição, porque cria inevitavelmente dependências e relacionamentos que, às vezes, duram exatamente o período da campanha. Realmente o governo, na soma dos fatores que levam alguém a ajudar, terá sempre uma clientela maior de pessoas dependentes do que a oposição. O PSDB não está tão em desvantagem porque tem o governo de São Paulo... GREGORI: Não é bem assim. Que setores da economia têm sido mais receptivos? GREGORI: É tudo mesclado. Estava em discussão na campanha a contratação de uma auditoria para o comitê financeiro. Houve decisão? GREGORI: Imaginando que vamos ter uma massa de papéis muito grande, a ideia é montar um grupo de maneje essa cascata de notas e recibos. A eleição deste ano traz novidades como a doação pela internet. O PSDB vai usar esse expediente? GREGORI: Por enquanto, não. Também será a primeira eleição após a proibição da doação oculta. Isso pode afastar doadores? GREGORI: Acho que não. Depois do mensalão todo mundo sabe que precisa de clareza e transparência em relação a doações. A doação oculta é geralmente aquela que vai parar na mídia. O senhor está se referindo a caixa 2. Algum partido consegue fazer campanha sem caixa 2? GREGORI: Nós sempre conseguimos. O cargo de tesoureiro já foi alvo de polêmica e escândalos. É a terceira vez que o senhor é escolhido por Serra para a função. GREGORI: A uma boa história política, sem nenhum comprometimento judicial, policial ou jornalístico. |
segunda-feira, 26 de julho de 2010
'Governo tem mais facilidade que oposição'
Marcadores:
POLITICA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário