Colômbia quer tirar adido no Brasil após festa com traficante

O ministro colombiano da Defesa, Gabriel Silva, exigiu nesta quarta-feira a renúncia de seu adido militar no Brasil, Juan Carlos Castañeda, e de outros três coronéis, após a revelação de que em 2004 o grupo assistiu ao casamento de um conhecido narcotraficante. "Têm até o dia de hoje (quarta-feira) para pedir demissão voluntariamente ou será aplicado o poder do ministro da Defesa de removê-los", disse Silva durante um ato público.

"Podemos presumir que eles sabiam sobre o caráter das pessoas que estavam" no casamento, afirmou, ao explicar o motivo de demissão dos quatro oficiais. "Esta presunção nos permite concluir que é ineludível e inevitável pedir que se demitam e, além disso, colocá-los sob investigação".

Os coronéis Castañeda, Carlos Betancourt, David Betancourt e Rodrigo Martínez aparecem em um vídeo na festa de casamento de Néstor Caro "El duro" Chaparro, um fugitivo, segundo informou o jornal El Tiempo no último domingo. Caro é alvo de um pedido de extradição feito pelos Estados Unidos.

O casamento ocorreu no dia 19 de novembro de 2004 na cidade de Medellín (450 km a noroeste de Bogotá) e o vídeo, de mais de duas horas, foi encontrado pelas autoridades "há cerca de dois meses em uma das propriedades do narcotraficante", afirmou o jornal.

"Quase todos os convidados (do casamento) chegaram em voos particulares a partir de Yopal (noroeste, na província de Casanare), terra de Caro. Castañeda disse no Brasil ao jornal que foi convidado ao casamento pelo pai de Caro, que conheceu quando comandou a Brigada Militar com sede em Yopal (330 km a noroeste de Bogotá).

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