A licença médica de Alinne Moraes, que ficou dez dias longe das gravações de “Viver a vida”, teve o efeito de uma pisada firme no acelerador para a novela. Desde a semana passada — quando a trama de sua personagem, Luciana, precisou ficar em segundo plano — as outras histórias do folhetim vêm ganhando impulso. A novela está com um ritmo mais ágil, que se manterá nos próximos capítulos: fortes emoções estão à vista (clique aqui e leia mais sobre o que vai acontecer na novela).
Acontecimentos que estavam previstos desde a estreia vão finalmente entrar em cena. Rafaela (Klara Castanho), por exemplo, que seria uma vilãzinha e até agora só vinha se mostrando uma criança chatinha, colocará as manguinhas de fora numa discussão com Helena (Taís Araújo). Depois de presenciar o beijo da modelo em Bruno (Thiago Lacerda), a garota vai começar a encará-la, sem dizer nada, de maneira um tanto assustadora. Até decidir confrontá-la.
Rafaela surge na sala da casa amarela quando Helena está sozinha e dispara: “Como se chama aquele moço bonito que você estava beijando na festa?”. “Você está enganada, não beijei ninguém”, responde a modelo. A menina então começa a rir diabolicamente, olhando para Helena sem piscar. O embate segue até que Dora (Giovanna Antonelli) chega e interrompe, mandando a filha para o quarto.
— Rafaela é indiscreta, tem a língua que não cabe na boca, nunca deixa de ser intrometida — comenta a atriz mirim Klara Castanho.
Helena que se prepare, pois isso é apenas o começo... Leia aqui como será a cena do embate entre as duas, previsto para ser exibido na segunda-feira.:
Helena percebe o olhar de alguém. Vira-se e dá de cara com Rafaela, olhando para ela. Sorri sem vontade.
HELENA — Alguma coisa, Rafaela?
RAFAELA — Não.
HELENA — Olha, hoje eu não convido você para jantar porque tenho que conversar com o meu marido... assunto aqui da casa, entende? Então, prefiro ficar sozinha com ele.
Rafaela não responde.
HELENA — Você me ouviu?
RAFAELA — Como é que ele se chama?
HELENA — Ele quem?
RAFAELA — Aquele moço bonito?
Helena tenta disfarçar sua inquietação e mente.
HELENA — Não tô lembrada de ninguém que...
RAFAELA — Aquele moço lindo que você estava beijando lá na festa, ontem?
Um branco de alguns segundos.
HELENA — O que é que você está falando, Rafaela? Não estou entendendo. Se é uma brincadeira...
RAFAELA — Não é, não, eu vi.
HELENA — Você está enganada, não beijei ninguém.
RAFAELA — Minha mãe me proibiu de falar sobre isso, mas eu esqueci.
Rafaela começa a rir, olhando Helena fixamente, diabolicamente.
HELENA — Você foi falar uma coisa dessas pra sua mãe?
RAFAELA — Que é que tem? Eu falo tudo pra ela. Quando eu cheguei da festa, ela me perguntou como é que tinha sido, se eu tinha gostado, e eu falei que tinha visto você beijando aquele moço bonito.
HELENA — Olha, Rafaela, presta atenção. Você não pode falar pra ninguém uma coisa assim, que não aconteceu, que você imaginou, inventou. Tenho certeza que ninguém que estava naquela festa, viu qualquer coisa...
RAFAELA — Só eu que vi. Entrei no quarto e vocês estavam no maior beijo! Na boca!
Dora aparece e percebe que o clima está pesado. Rafaela começa a rir outra vez.
DORA — Algum problema, Helena?
HELENA — Não, quer dizer, acho que a Rafaela andou comentando com você alguma coisa lá da festa de ontem, que ela inventou...
E agora Rafaela se irrita com a negativa insistente de Helena.
RAFAELA — Não inventei! Eu vi!
DORA — O que é isso, Rafaela? Cala a boca! Ela não comentou nada comigo, não, Helena. Aquela hora que ela chegou, foi direto pra cama, nem falamos sobre a festa.
RAFAELA — Falamos, sim. Eu contei pra você do beijo e você me pediu pra eu não falar nada. Mas agora saiu! Eu falei! Sem querer. Paciência.
DORA — Você me envergonha. Sabe o que eu tenho vontade? De esganar você.
E Rafaela dá de ombros, como costuma fazer.
RAFAELA — Pode esganar, mas eu vi.
DORA — Sobe pro apartamento. Fica lá, de castigo. Sem sair, sem ver televisão, sem piscina, sem almoçar, sem nada. Vamos, rápido, sai daqui!
E Rafaela vai se afastando, olhos maliciosos, fixos em Helena, e ainda repetindo baixinho.
RAFAELA — Eu vi, vi mesmo, pronto.
DORA — Desculpe, Helena, pode acreditar que ela não falou nada. Ela tem mesmo essa mania, de vez em quando, de inventar uma história, enfiar uma coisa na cabeça e ficar teimando...
Marcos aparece e interrompe o que Dora está dizendo. Ele percebe que Dora parou por causa dele e que Helena ficou sem graça.
MARCOS — Atrapalho a conversa de vocês?
HELENA — Não, Marcos, claro que não.
DORA — Com licença.
Sulamérica Trânsito
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