MUHANAD MOHAMMED E SAMI AL-JUMAILI - REUTERS
BAGDÁ, 5 DE FEVEREIRO, 12H31 - Dois carros-bomba explodiram simultaneamente na sexta-feira na cidade sagrada iraquiana de Kerbala, matando pelo menos 40 pessoas e deixando 145 feridos, no momento em que centenas de milhares de peregrinos xiitas participavam de um importante ritual religioso, disseram fontes de hospitais.
Lançado no último e mais importante dia do festival religioso de Arbain, o ataque foi o terceiro grande ataque desta semana contra peregrinos xiitas, em meio a um furor político desencadeado pela proibição de participação de candidatos, muitos deles sunitas, em uma eleição marcada para 7 de março.
"Estávamos andando de volta para casa em grupos, depois de terminarmos nossos ritos, e de repente houve uma explosão enorme. Vi bolas de fogo e fumaça subindo de um ponto à minha fente", contou o peregrino Muhammad Nasir, 31 anos, trabalhador que estava sendo tratado em um hospital.
"As pessoas estavam fugindo. As forças de segurança fecharam o acesso ao local. Havia pedaços de carne humana espalhadas pelo chão."
O paramédico Mehdi al-Fatlawi, do hospital Al-Hussein, em Kerbala, disse que o hospital recebeu uma enxurrada de vítimas. "Havia corpos em sacos plásticos, alguns deles irreconhecíveis, e muitos feridos. As enfermarias ficaram repletas de feridos."
A polícia disse que as explosões aconteceram a leste da cidade, situada a 80 quilômetros ao sul de Bagdá. Os detalhes informados foram poucos, já que a maioria das autoridades está participando do Arbain, ritual que marca o fim dos 40 dias de luto pelo imã Hussein, neto do profeta Mohammad, que morreu no século 7 em uma batalha em Kerbala.
A violência geral no Iraque caiu acentuadamente, mas grandes reuniões de xiitas continuam a servir de alvo para insurgentes sunitas. Desde agosto, militantes lançaram uma série de ataques suicidas coordenados contra Bagdá, com o objetivo de enfraquecer o primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki antes da eleição.
Proibidos sob o governo de Saddam Hussein, o Arbain e outros eventos religiosos xiitas vêm atraindo milhões de xiitas, não apenas do Iraque mas também de países vizinhos como o Irã, desde que o ditador sunita foi afastado na invasão americana de 2003.
Uma bomba deixada sobre uma carroça puxada por uma moto matou pelo menos 20 peregrinos na quarta-feira, quando chegavam a Kerbala. Mais de 40 peregrinos foram mortos nos arredores de Bagdá na segunda-feira, quando iniciavam a longa marcha até Kerbala.
Os ataques vêm intensificando as tensões sectárias, que vêm subindo devido à proibição de participar da eleição imposta a quase 500 candidatos suspeitos de terem ligações com o partido proibido Baath, ao qual pertencia Saddam Hussein.
Embora a lista de candidatos proibidos contenha mais políticos xiitas que sunitas, muitos sunitas acreditam que o objetivo foi lhes negar sua parcela justa do poder na eleição de março.
Os sunitas boicotaram as eleições nacionais em 2005, e sua revolta diante de sua perda de poder ajudou a alimentar a insurgência.
Lançado no último e mais importante dia do festival religioso de Arbain, o ataque foi o terceiro grande ataque desta semana contra peregrinos xiitas, em meio a um furor político desencadeado pela proibição de participação de candidatos, muitos deles sunitas, em uma eleição marcada para 7 de março.
"Estávamos andando de volta para casa em grupos, depois de terminarmos nossos ritos, e de repente houve uma explosão enorme. Vi bolas de fogo e fumaça subindo de um ponto à minha fente", contou o peregrino Muhammad Nasir, 31 anos, trabalhador que estava sendo tratado em um hospital.
"As pessoas estavam fugindo. As forças de segurança fecharam o acesso ao local. Havia pedaços de carne humana espalhadas pelo chão."
O paramédico Mehdi al-Fatlawi, do hospital Al-Hussein, em Kerbala, disse que o hospital recebeu uma enxurrada de vítimas. "Havia corpos em sacos plásticos, alguns deles irreconhecíveis, e muitos feridos. As enfermarias ficaram repletas de feridos."
A polícia disse que as explosões aconteceram a leste da cidade, situada a 80 quilômetros ao sul de Bagdá. Os detalhes informados foram poucos, já que a maioria das autoridades está participando do Arbain, ritual que marca o fim dos 40 dias de luto pelo imã Hussein, neto do profeta Mohammad, que morreu no século 7 em uma batalha em Kerbala.
A violência geral no Iraque caiu acentuadamente, mas grandes reuniões de xiitas continuam a servir de alvo para insurgentes sunitas. Desde agosto, militantes lançaram uma série de ataques suicidas coordenados contra Bagdá, com o objetivo de enfraquecer o primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki antes da eleição.
Proibidos sob o governo de Saddam Hussein, o Arbain e outros eventos religiosos xiitas vêm atraindo milhões de xiitas, não apenas do Iraque mas também de países vizinhos como o Irã, desde que o ditador sunita foi afastado na invasão americana de 2003.
Uma bomba deixada sobre uma carroça puxada por uma moto matou pelo menos 20 peregrinos na quarta-feira, quando chegavam a Kerbala. Mais de 40 peregrinos foram mortos nos arredores de Bagdá na segunda-feira, quando iniciavam a longa marcha até Kerbala.
Os ataques vêm intensificando as tensões sectárias, que vêm subindo devido à proibição de participar da eleição imposta a quase 500 candidatos suspeitos de terem ligações com o partido proibido Baath, ao qual pertencia Saddam Hussein.
Embora a lista de candidatos proibidos contenha mais políticos xiitas que sunitas, muitos sunitas acreditam que o objetivo foi lhes negar sua parcela justa do poder na eleição de março.
Os sunitas boicotaram as eleições nacionais em 2005, e sua revolta diante de sua perda de poder ajudou a alimentar a insurgência.
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