Após visita a Cuba, DEM diz que Lula envergonha o Brasil
Portal Terra
BRASÍLIA - A bancada do DEM na Câmara dos Deputados divulgou nota de repúdio, nesta quinta-feira, à visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Cuba. O texto, assinado pelo líder do partido na Casa, Paulo Bornhausen (SC), diz que Lula "envergonha o Brasil" e "se curva para um dos mais facínoras ditadores do planeta ainda vivo".
Lula visitou Cuba um dia depois da morte do preso político Orlando Zapata, depois de 80 dias de greve de fome. A nota do DEM cita o recente episódio, afirmando que o presidente deu uma "demonstração inequívoca de desrespeito aos direitos humanos".
"O presidente Lula deu uma demonstração inequívoca de desrespeito aos direitos humanos e aos mais básicos fundamentos da Democracia. Desdenhou de uma tragédia ocorrida sob o patrocínio da ditadura cubana, que ele e seus assessores tanto celebram e defendem. Enquanto o cidadão cubano Orlando Zapata Tamayo morria dentro de um hospital do governo cubano, Lula e seu assessor de imprensa se fotografavam com o ditador Fidel Castro", diz a nota do DEM, partido enfraquecido por escândalos de corrupção no Distrito Federal.
"Mais uma vez Lula demonstra que é um governante só de discurso, e de dois discursos. No Brasil, pousa de defensor da democracia e dos direitos humanos. Em Cuba, se curva diante para um dos mais facínoras ditadores do planeta ainda vivo", afirma o texto.
O DEM pediu que Lula se retrate à população do Brasil e de Cuba. "Temos orgulho de nossos valores democráticos e humanistas, de nossa índole solidária e de nossa fé e convicção nas liberdades individuais e dos direitos básicos do ser humano. Lula não representa o povo brasileiro. Só o envergonha", conclui a nota.
Durante sua visita a Cuba, Lula negou ter recebido uma carta com um pedido de apoio supostamente entregue por um grupo de dissidentes do regime cubano. Ele afirmou que teria conversado com se eles tivessem solicitado um encontro. "Se eles tivessem pedido para conversar comigo, eu teria conversado com eles, qualquer presidente teria conversado com eles. Nós não nos recusamos a conversar", disse.
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