10 de Setembro de 2009 |
O laboratório de Produção e Análise de Medicamentos (Lapam), da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), dirigido pela farmacêutica Samanta Cardozo Mourão, começou a fazer o processo de transformação da versão infantil do Tamiflu, remédio contra a gripe A, de pó para solução líquida. O processo é uma recomendação do Ministério da Saúde, pois a validade do Tamiflu pediátrico é muito reduzida após a diluição. Até a última quinta-feira (3), o laboratório já havia produzido e entregado 3 mil doses, das 7 mil solicitadas pela Secretaria de Estado de Saúde. “Fomos contratados para fazer a manipulação do fosfato de osetalmivir, princípio ativo do medicamento, na forma de solução oral, encaminhado pela Secretaria de Saúde”, esclareceu Samanta. De acordo com a farmacêutica, o Ministério da Saúde entregou sete quilos da substância ativa do Tamiflu ao laboratório da Univali, segundo o contrato. A transformação do medicamento para a forma líquida era feito anteriormente pelos próprios pais das crianças tratadas com o medicamento. Samanta ainda explicou como o remédio é fabricado. “O sal do Tamiflu é diluído em água junto com um conservante, e envasamos 50 ml por frasco. E é diferente do remédio original, vendido em cápsulas.” Os frascos lacrados, e com a medicação, saem do Lapam e são entregues diretamente à Diretoria de Assistência Farmacêutica, da Secretaria de Saúde. A contratação da instituição de ensino para fazer este serviço ocorreu pela falta de laboratório público no Estado. “Mas, de qualquer forma, temos a melhor infraestrutura, melhor capacidade técnica e um ótimo pessoal. Ao todo, são cinco farmacêuticos e seis auxiliares trabalhando na produção do Tamiflu”, revelou. A distribuição é controlada pela Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina e o remédio é fornecido apenas a crianças com suspeita de gripe A. A manipulação do remédio deve prosseguir até atender a demanda do Estado.
Exames O secretário de Estado da Saúde de Santa Catarina, Dado Cherem (PSDB), esteve na Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira (8) para comunicar o início dos exames de diagnóstico da gripe A. O investimento para que o Estado se credenciasse à realização foi de R$ 600 mil e a meta da secretaria é realizar aproximadamente 40 exames diários, com prazo de 72 horas para o resultado. Com a implantação dos exames, Santa Catarina entra para um restrito grupo de estados aptos à realização, ao lado do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. O secretário destacou que os exames estão em implantação. “É um trabalho novo e que deve evoluir com o tempo, ganhando uma maior dinâmica no atendimento.” Cherem ainda enfatizou que este é o embrião de um Centro de Virologia que em breve entrará em funcionamento pra atender os catarinenses.
Gripe A no estado Conforme os dados da Secretaria de Saúde, de sexta-feira (4), o número de casos em investigação em Santa Catarina subiu para 3.721. Até o momento, foram confirmados 42 óbitos e 337 casos de Influenza A (H1N1). Foram descartados 433 casos e 31 óbitos inicialmente considerados suspeitos. Há um mês, o governo do Estado, baseado em orientação técnica da DIVE, recomendou o remanejamento, no local de trabalho, de todas as gestantes que exercem atividades em contato direto com o público externo. Se a mudança de função não for possível, as mulheres grávidas devem ser dispensadas do trabalho até que as evidências epidemiológicas comprovem a diminuição da circulação viral em Santa Catarina. (Graziela May Pereira/Divulgação Alesc) |
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