O atendimento prestado anteontem no Núcleo Integrado de Saúde (NIS III) do Jardim Alvorada levou uma paciente a colocar em dúvida o procedimento adotado
Publicada: 09/09/2009 - 15h05m|Fonte: Reginaldo Eloi (CHN)
Foto: Allan Nascimento
A estudante Fernanda Furlan Pereira, 21 anos, procurou o pronto-atendimento por volta das 16h com febre, tosse e dores de cabeça, de garganta e muscular. “Acreditava que estivesse com gripe A”, comenta.
No consultório, ela conta que a médica plantonista perguntou apenas se ela estava com tosse seca ou com catarro. “Eu disse que era seca, então ela apenas olhou a minha garganta e já receitou paracetamol, dizendo que se tratava apenas de um quadro de virose.”
Ao passar em uma farmácia para comprar o remédio, Fernanda diz que o farmacêutico a aconselhou a ir ao Hospital Municipal, pois o quadro era típico de gripe A.
Ao chegar ao HM, ela diz que foi atendida prontamente. Os médicos realizaram exames de sangue, urina, mediram a febre e fizeram um raio-x do pulmão. “Eles me colocaram também para tomar soro”, diz.
Fernanda comenta que este atendimento a tranqüilizou, ao contrário do que havia ocorrido no NIS III. Ela recebeu como recomendação repouso total durante cinco dias e, caso os sintomas não passassem, era para retornar ao hospital.
A paciente acredita que o atendimento no Núcleo Integrado de Saúde não tenha obedecido ao protocolo do Ministério da Saúde para o caso de uma suspeita de gripe A. Já no HM, ela avalia que o procedimento foi adequado.
A reportagem do Hoje Notícias entrou em contato com a médica, mas ela disse que não poderia falar a respeito, pois não tinha o prontuário da paciente e não se lembrava do caso. Já um enfermeiro da unidade disse que não poderia divulgar as informações a respeito do que foi anotado no prontuário sem a autorização da paciente.
Questionado sobre o caso, o secretário municipal de Saúde, Antônio Carlos Nardi, disse que a avaliação de qualquer paciente depende do quadro geral no momento do atendimento. No caso específico ocorrido na segunda-feira, ele afirmou que não poderia comentar a respeito, pois quem julga conduta médica é apenas o Conselho Regional de Medicina (CRM), com base em denúncia feita pelo paciente.
Novos suspeitos
Em boletim divulgado ontem pela Secretaria de Saúde, o número de casos suspeitos de gripe A em Maringá aumentou de 2.538 para 2.681 - 143 novos casos, de sexta-feira até ontem. O numero de casos positivos passou de 89 para 94; os negativos permanecem 76. Estão hospitalizadas 60 pessoas (eram 54), das quais 11 em UTI (número que se mantém). Fora do período de transmissão estão 2.511 maringaenses. Os óbitos confirmados permanecem 12.
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