Nesta quinta (13), foram anunciados casos em Ribeirão Preto e Sorocaba.
Superlotação e higiene podem facilitar transmissão, diz especialista.
A chegada da nova gripe aos presídios preocupa dois infectologistas ouvidos pelo G1: Caio Rosenthal, do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), e Vicente Amato Neto, ex-professor da USP.
Nesta quinta-feira (13), a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou os dois primeiros casos de pacientes detentos, em Sorocaba e Ribeirão Preto.
O temor dos especialistas é que a má condição sanitária da população carcerária proporcione a disseminação da doença com maior rapidez.
Segundo o infectologista Caio Rosenthal, a contaminação de presidiários já era esperada. Ele diz que o Cremesp já vinha debatendo a questão. “Os casos em presídios são muito graves e preocupantes para nós”, afirma o médico. “A condição sanitária do paciente institucionalizado é um problema que chama a atenção do conselho.”
Rosenthal afirma que é quase impossível conter o avanço dos casos entre os presos. “É como um rastilho de pólvora e a superlotação e condições de higiene formam um caldo de cultura ideal para a transmissão”, explica.
Segundo o infectologista e ex-professor da USP Vicente Amato Neto, apesar de ser impossível evitar aglomerações nos presídios, alguma medida deve ser tomada para a proteção dos presos e da sociedade.
O médico, de 81 anos, acompanhou quase todas as epidemias do século 20 e garante que a cada dia os especialistas aprendem mais com a nova gripe. “Sabemos alguma coisa, mas ainda estamos longe de sabermos tudo”, diz.
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