A promotora Déborah Kelly Affonso, do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), deve intimar, nos próximos dias, estilistas e organizadores da São Paulo Fashion Week para discutir a idéia de incluir um número mínimo de modelos negros nos desfiles. A proposta é que seja assinado conjuntamente um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), que poderia valer já na próxima edição do evento, marcada para os dias 17 a 23 de junho.
A possibilidade de estabelecer cotas em desfiles gerou polêmica no mundo da moda. Para Helder Dias Araújo, diretor da HDA Models, agência especializada em modelos negros, as cotas não deveriam ser uma necessidade, embora ele lembre que a participação de negros em desfiles seja bem pequena, na casa dos 3%.
“[Os modelos negros são chamados] quando são desfiles temáticos ou quando o estilista quer ser conhecido ou quer ser marcado porque colocou negros na passarela. Se o Brasil é um país que não dá oportunidades aos negros sem uma pressão da lei, então que essa lei e essa ferramenta venham para conscientizar as pessoas”, afirmou Dias Araújo, em entrevista à Agência Brasil.
Para ele, a razão para que tão poucos negros ganhem as passarelas é a “falta de vergonha” da sociedade brasileira e falta de preparo dos profissionais da área de moda.
Segundo Dias Araújo, outro motivo para a exclusão dos negros em desfiles é o fato de o mercado de moda brasileiro, incluindo os estilistas nacionais, utilizar como padrão de beleza e de consumo o modelo europeu.
Favorável às cotas, Sinvaldo José Firmo, advogado e especialista em crimes raciais e participante do Instituto do Negro Padre Batista, disse que a proposta do Ministério Público vai chamar a uma reflexão da sociedade para a questão envolvendo a exclusão dos negros no mercado de trabalho.
“Isso é fazer justiça. É reparar um povo que construiu este país e que o vem construindo no dia a dia. Nós, negros, não queremos nada a mais. Só queremos ter direitos iguais aos da população não-negra deste país”, disse Firmo.
Para ele, a falta de negros nos desfiles e no mercado de moda do país provoca um grave problema para a sociedade: a questão da identidade dos negros. “Como é que fica a auto-estima dessa população negra que não se vê representada lá?”, questionou.
“Os negros estão lá, costurando, maquiando. Mas nós queremos ver também eles nas passarelas, desfilando”, afirmou.
Por meio de nota, a direção da São Paulo Fashion Week respondeu que o evento é uma plataforma de convergência e que não “exerce qualquer tipo de interferência na criação das marcas e estilistas, seja em cenário, coleção ou casting – onde a escolha de modelos se inclui”.
( ESSE RECURSO DE COTAS JÁ DEU O QUE TINHA QUE DAR E AINDA SOBROU ! AQUI É PRATICAMENTE UMA FILIAL DA AFRICA,
QUEM NÃO É NEGRO É MULATO, PARDO E ETC..
DAQUI A POUCO TEM COTA DE BRANCOS, QUE NA REALIDADE Já É A MINORIA , É SÓ SAIR NA RUA E VER ....
NÃO ACREDITO QUE AJUDE A NINGUEM ,
TEM COTA PARA ESTUDAR , AGORA PARA DESFILAR,
ISSO ESTA VIRANDO UM DESCONFORTO GERAL, O ESTILISTA É OBRIGADO A CONTRATAR FULANO PORQUE ELE É " COLORIDO ", O FULANO " COLORIDO" FICA TAXADO COMO AQUELE QUE DESFILOU PORQUE É "COLORIDO" E NÃO POR MÉRITO, COMPETENCIA E NO CASO BELEZA, POSTURA ....SEI LÁ MAIS O QUE
EU NÃO GOSTARIA DE ESTAR NO LUGAR DO "COLORIDO"!
COTA DEVERIA EXISTIR PARA PROCRIAR COM RESPONSABILIDADE PARA TODOS ,
E NÃO TER FILHO E LARGAR NA RUA, ABANDONAR ,
TEMQUE TER COTA DE RESPONSABILIDADE, ETICA,
EDUCAÇÃO, CULTURA... )
terça-feira, 21 de abril de 2009
COTAS NOS DESFILES : MP quer intimar estilistas para incluir negros na São Paulo Fashion Week
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