Do UOL Esporte
Em São Paulo
A sequência de maus resultados e o legado vitorioso do português José Mourinho no Chelsea são os motivos comuns citados pela imprensa inglesa para a demissão de Luiz Felipe Scolari. A decisão do magnata russo Roman Abramovich, no entanto, gerou julgamentos distintos. Enquanto alguns analistas criticam a intromissão do dono do clube, outros veem a saída precoce de Felipão como uma vingança da Inglaterra, eliminada três vezes em competições internacionais pelo treinador brasileiro.Em São Paulo
Na campanha do título mundial com o Brasil em 2002, a seleção comandada por Felipão passou pela Inglaterra nas quartas-de-final. Já no banco de Portugal, Scolari desbancou os ingleses duas vezes: na Eurocopa de 2004 e na Copa do Mundo de 2006.
Por isso, o The Guardian ignorou os apelos da comunidade futebolística internacional de que Felipão teve pouco tempo para desenvolver seu projeto no Chelsea e mostrou uma visão mais "bairrista" da sua demissão, abrindo com a frase "A Inglaterra finalmente se vingou de Scolari" e dizendo que o técnico não conseguiu suportar a pressão de jogar na Premier League.
Além das derrotas para os times de Felipão nas competições internacionais, o jornal cita a sua recusa em assumir a seleção inglesa para reforçar o sentimento de vingança. Scolari foi convidado para ser técnico da Inglaterra em 2006, mas preferiu ficar em Portugal.
O Daily Mirror também viu a demissão de Felipão como consequência natural do desempenho do time, e citou o técnico como um "morto vivo" no comando de um time sem rumo.
O artigo considerou que o empate com o Hull City, gota d'água para a sua saída, "selou uma campanha miserável em casa e o declínio do império construído por José Mourinho". O jornal ainda lembra que Scolari teve o pior desempenho entre os técnicos que passaram pelo Chelsea na era Abramovich, e foi o que durou menos.
Já o The Independent não considerou justa a saída de Felipão, que "teve nervos para suportar a pressão do público brasileiro" e levar a Copa do Mundo. Para o jornal, a demissão precoce mostra que "não há organização no Chelsea, há somente o dinheiro de Abramovich", que estaria fazendo do clube um "brinquedo pessoal". Sphere: Related Content
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