Jornal do Brasil
BRUXELAS - Enquanto o consumo da maconha está se estabilizando na Europa, o uso de drogas ilícitas mais pesadas, como a heroína e a cocaína, continua em escalada, segundo um relatório divulgado nesta quinta pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.
"A Europa está passando por uma nova fase em relação ao uso da cannabis. O consumo pode até vir a diminuir", frisou o relatório.
O documento aponta também que, depois da Espanha, Portugal continua sendo a segunda maior porta de entrada da cocaína na rota da América do Sul, onde é produzida, apesar do país apresentar um índice de consumo relativamente baixo.
Comparativamente, a porcentagem de pessoas entre os 15 e 34 anos que utilizou a cocaína em 2007 em Portugal foi cerca de 1,2%, enquanto o Reino Unido atingiu quase 5,5% no mesmo ano.
Um porta-voz da agência afirmou que no ano passado, o número de usuários europeus da maconha na faixa etária de 15 a 34 anos permaneceu em 17,5 milhões, igual as estatísticas de 2006.
Nos últimos anos, reduções significativas foram observadas principalmente em países que haviam mostrado os níveis mais altos de consumo do continente.
No Reino Unido, 15,6% da população entre 15 e 34 anos consumiram maconha em 2007, enquanto 20% o fizeram em 2003. A França exibiu tendência semelhante, reduzindo o consumo de 19,7% em 2003 a 16,7% no ano passado.
Segundo o relatório, a questão que vem se tornando preocupante na Europa é o aumento do cultivo doméstico da cannabis.
Pesquisas recentes mostram que cerca de 200 mil pessoas na França cultivaram a planta pelo menos uma vez, e a polícia no Reino Unido fechou 1.500 pequenas fazendas de cannabis só em 2006.
Revertendo a tendência decrescente dos últimos anos, o consumo da heroína aumentou, gerando também um maior número de mortes e convulsões relacionadas à droga. O mesmo ocorre com o número de usuários da cocaína, que continua a crescer em todo o continente, assim como a procura por tratamentos de combate à droga.
Estima-se que cerca de 4 milhões de europeus usaram cocaína no ano passado
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