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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

São Paulo terá maior fábrica de chips da América Latina


Produção será em parceria com a norte-americana Symetrix e contará com investimento de US$ 1 bilhão

Bianca Pinto Lima, do estadao.com.br


SÃO PAULO - A primeira fábrica em larga escala de semicondutores da América Latina será na cidade de São Carlos, no interior do Estado de São Paulo. A produção se dará em parceria com a empresa norte-americana Symetrix, a Panasonic e um grupo de empresários estrangeiros e contará com um investimento de mais de US$ 1 bilhão.

Na unidade, serão produzidos chips de memória para os cartões inteligentes, que possuem diversas aplicações, como a utilização de bilhetes para o transporte público, telefonia celular, TV digital e movimentações bancárias.

O Estado de São Paulo disputava a indústria, desde o início do ano, com Rio de Janeiro e Pernambuco. Além do investimento, calcula-se que a nova fábrica irá gerar pelo menos 700 empregos diretos no município.

"A fábrica será um catalisador para instalação de novas empresas de alta tecnologia, criando condições necessárias para o País entrar efetivamente na era da nanotecnologia", afirmou Marcos Macari, reitor da Unesp, em nota divulgada à imprensa. A universidade participará do empreendimento com a transferência de conhecimento.

Segundo o professor aposentado de física da USP e coordenador de relações institucionais da Prefeitura de São Carlos, Yashiro Yamamoto, a fábrica produzirá chips de memória ferroelétrica, capazes de armazenar mais informações que os componentes atuais. "Pela tecnologia que temos hoje, 1 cm² é capaz de armazenar 1 gigabyte. Com a ferroelétrica é possível armazenar 250 gigabytes", explicou. Segundo Yamamoto, a construção da indústria terá início em abril de 2009 e começará a produzir em cinco anos.

A indústria será instalada no Parque Eco-Tecnológico Damha e as pesquisas contarão com o suporte do Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica (LIEC/UFSCar) da Universidade Federal de São Carlos e do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC) da Unesp de Araraquara.

Em Porto Alegre (RS), o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica (Ceitec) já projeta chips que podem ser utilizados na TV digital e o governo está financiando a construção de uma unidade fabril ligada ao centro. A capacidade de produção, porém, será pequena diante da demanda brasileira

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