Colaboração para a Folha Online
O CNE (Conselho Nacional de Educação) criou uma resolução que proíbe que adolescentes com menos de 18 anos de cursarem a EJA (Educação de Jovens e Adultos), conhecido antigamente como supletivo. A votação da resolução está marcada para a próxima quarta-feira (8) e, se for aprovada, vira lei.
A votação será feita pelos 12 conselheiros da Câmara de Educação Básica --responsável pela educação fundamental e ensino médio do país.
Dentro do próprio ministério há muita discussão entre os educadores sobre a decisão. O principal questionamento é se os jovens que já estão atrasados em relação aos demais, por terem abandonado a escola ou por repetência, terão que ficar afastados até que completem a maioridade ou dividirão as salas de aula com alunos mais jovens.
Atualmente, no país, dos 4,6 milhões de estudantes que freqüentam a EJA, cerca de 690 mil são menores de idade.
De acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 50% dos jovens brasileiros com idades entre 15 e 17 anos estão fora do ensino médio. No Nordeste do país, a situação é mais crítica --mais de 300 mil alunos têm menos de 18 anos e seriam prejudicados com a resolução.
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