Projeto prevê 'socorro' de US$ 700 bilhões a instituições financeiras.
Bush, Obama e McCain fizeram pressão para aprovação da proposta.
O Senado dos Estados Unidos aprovou na noite desta quarta-feira (1º) o plano de resgate dos mercados apresentado pelo governo Bush, informa a rede de TV americana CNN. A proposta, que prevê ajuda de US$ 700 bilhões a bancos em dificuldades no país, havia sido rejeitada na segunda-feira (29) pela Câmara. Por isso, sofreu algumas mudanças.
A aprovação foi resultado de uma campanha de pressão que envolveu o presidente norte-americano George W. Bush, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, e o presidente do Federal Reserve (o BC dos EUA), Ben Bernanke. Além destes, os candidatos à Presidência dos EUA, Barack Obama (Democrata) e John McCain (Republicano) também manifestaram seu apoio à proposta.
Em linhas gerais, a proposta votada nesta quarta-feira pelo Senado é a mesma que não passou pelo crivo da Câmara há dois dias. Entretanto, o governo norte-americano aumentou as garantias de que o contribuinte americano - que, no fim das contas, vai financiar o pacote - vai ter em relação a seus depósitos em bancos.
A proposta agora inclui, por exemplo, a elevação do limite de depósitos garantidos pela Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC) de US$ 100 mil para US$ 250 mil, além da prorrogação de créditos fiscais para empresas e para projetos de energia renovável.
Não é comum que o Senado vote um projeto antes que a Câmara volte a examinar a questão. O Senado, no entanto, age para acelerar uma decisão sobre o assunto - em recesso pelo Ano Novo judaico, a Câmara só voltará a se reunir às 13h (horário de Brasília) desta quinta-feira (2).
Pressão internacional
A pressão pela ajuda aos bancos nos EUA também ganhou contornos internacionais.Autoridades financeiras da Europa fizeram um apelo nesta quarta-feira para que o Senado dos Estados Unidos aprove a proposta revisada de resgate do setor financeiro.
Jean-Claude Juncker, presidente do grupo de ministros de Finanças da zona do euro, disse que os Estados Unidos precisam aprovar o plano, mesma posição defendida pelo ministro das Finanças russo, Alexei Kudrin. "É a responsabilidade dos Estados Unidos para com os outros países", disse Kudrin.
(Com informações da France Presse, Reuters e Agência Estado)
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