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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Carla Cepollina não será julgada pela morte de coronel Ubiratan


Advogada diz que juiz não vai dar prosseguimento a julgamento.
Coronel foi morto em 2006 em seu apartamento nos Jardins.

Do G1, em São Paulo


Eliaria Andrade/Diário de S.Paulo

Carla (de cinza) chega com a mãe ao DHPP, em 2006 (Foto: Arquivo)

O juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, decidiu na terça-feira (30) que a advogada Carla Cepollina não irá a júri popular pela morte do coronel Ubiratan Guimarães. Ela foi "impronunciada" pela Justiça. O promotor do caso, João Carlos Calsavara, disse que irá recorrer da decisão.

Na decisão, o juiz diz que “o indício de autoria tem de ser suficiente, ou seja, a prova deve demonstrar de forma razoável que há grande possibilidade de o réu ser o autor do crime, de modo que, não estando presente um dos requisitos para a pronúncia, é imperativa a impronúncia”. O juiz determinou o arquivamento do processo.

A defesa de Carla comemorou a decisão. "Ele [juiz] constatou depois de ter colhido as provas e ouvido as testemunhas que a Carla desde o primeiro momento foi a única pessoa investigada. Ele diz que se perdeu um trabalho de investigação se focando apenas na figura da Carla. A conclusão é que não dá para vincular a Carla à morte de Ubiratan", afirmou a advogada Dora Cavalcanti.

O promotor responsável pelo caso informou ao G1 na noite desta quarta-feira (1º) que irá recorrer da decisão porque acredita que há elementos para que Carla vá a júri popular. "Fiquei estupefato, porque não era a decisão que eu esperava", afirmou o promotor.

Diogo Guimarães, filho de Ubiratan, disse estar chocado com a decisão anunciada nesta quarta. "Acabei de saber da notícia e não consigo nem dizer o que que estou sentindo. Fiquei chocado com a informação", afirmou.

Acusação

O coronel foi morto no dia 9 de setembro de 2006 no apartamento onde morava na região dos Jardins. Conhecido por ter comandado a operação que terminou, em 1992, com a morte de 111 presos no Carandiru, Ubiratan morreu com um tiro no abdome disparado por uma de suas sete armas. A advogada mantinha na época um relacionamento amoroso com Ubiratan.

O Ministério Público denunciou Carla Cepollina por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou defesa da vítima). A promotoria considerou que a advogada agiu por vingança, porque Ubiratan teria decidido terminar o relacionamento de dois anos.

De acordo com a denúncia do promotor Luiz Fernando Vaggione, que respondia pela acusação, o crime teria sido motivado por uma discussão que começou por causa de telefonemas da delegada da Polícia Federal do Pará Renata Madi, que também manteria um relacionamento amoroso com o coronel. Carla sempre negou o crime e afirmou que Ubiratan dormia quando ela saiu do apartamento.

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