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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Mãe e avô são formalmente acusados pela morte de menina de 4 anos em Israel


Corpo de Rose Pizem, de 4 anos, foi achado em mala em rio em Tel Aviv.
Avô, que também era padrasto da menina, assumiu o crime, mas recuou.

Do G1, com agências internacionais


Mergulhadores recuperam mala com possível corpo de Rose, no rio Yarkon, em 11 de setembro. (Foto: Jack Guez/AFP)

Autoridades israelenses indiciaram nesta segunda-feira (22) a mãe e o avô paterno de Rose Pizem, a menina de quatro anos encontrada morta em um rio de Tel Aviv.

O caso comoveu Israel. A busca pelo corpo durou semanas, e ele finalmente foi encontrado no último dia 11, dentro de uma mala nas margens do Rio Yarkon.

Segundo o Ministério da Justiça, os promotores acusaram Ronny Ron, de 45 anos, e Marie-Charlotte Renault, 23, de assassinato. Os dois estão presos e podem recorrer.

Segundo o inquérito, Rose foi dada como desaparecida em maio. As notícias sobre o caso só vieram a público no fim de agosto, depois que um tribunal derrubou o segredo de justiça.

Rose teria sido morta pelo avô Ronnie Ron, de 45 anos, que também era seu padrasto.

A polícia estava atrás do corpo desde que o avô paterno e a mãe de Rose -que eram amantes, segundo a polícia- foram presos suspeitos de assassinato.

O avô disse à polícia que havia matado a menina "acidentalmente", após um acesso de fúria, e teria colocado o corpo em uma mala e o jogado no rio. Depois, ele recuou da afirmação e disse que teria sido forçado a confessar o crime.


Investigadores disseram que suspeitam que o filho do suspeito e a mãe de Rose se casaram quando adolescentes na França, após a filha ter nascido. O casal visitou Israel. Durante a visita, a mãe de Rose teria se apaixonado pelo sogro israelense e se mudado para morar com ele.

Imagem de arquivo mostra a menina israelense. A foto foi liberada pelo canal Channel 10, nesta terça-feira (26) (Foto: Channel 10 News/Reuters)

O pai e Rose voltaram à França, mas a mãe da menina ganhou em um tribunal francês o direito de trazer a filha pra morar com ela e com o avô em Israel.

A investigação foi iniciada depois que a avó da menina escreveu às autoridades israelenses dizendo que não via a neta havia muitos meses.
O caso, com seus detalhes sórdidos, chocou Israel. As TVs do país interromperam sua programação para transmitir, ao vivo, a cena da descoberta da mala pela polícia no dia 11.

Carta

O jornal israelense "Haaretz" publicou no dia 12 uma suposta carta póstuma que a mãe de Rose, Marie-Charlotte Renault, teria escrito para a filha. Nela, ela diz: "Me desculpe, garota."

Ela também diz: "Rose, desculpe muito por eu não ter sabido entender você. Entender sua angústia, seu sofrimento, por não ter sabido pegar você nos meus braços e te dizer o quanto eu te amo."

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