22/09/2008 - 17:21 - Atualizado em 22/09/2008 - 17:46
A relação entre o urso polar Knut e seu tratador, o alemão Thomas Dörflein, tornou-se tão próxima que virou tema de um livro. Knut – Como um ursinho polar cativou o mundo (Editora Gaia) foi lançado na Bienal do Livro, em agosto, e conta como Dörflein, achado morto em um apartamento de Berlim nesta segunda-feira, cuidava de Knut como se fosse um filho.
Knut nasceu no Zoológico de Berlim em 5 de dezembro de 2006. Como sua mãe não demonstrou interesse pela cria, o que não é raro entre animais selvagens, o pequeno urso teria de ser cuidado por um tratador para que sobrevivesse. A pessoa escolhida foi Thomas Dörflein. No livro, a relação entre ele e Knut está sempre em primeiro plano, e são narradas diversas situações engraçadas da vida do ursinho, como a sua primeira refeição sólida (ração de gatos com leite), que acabou virando uma "piscina" para Knut.
Dörflein tinha 44 anos, e aparentemente morreu por causas naturais. Desde dezembro de 2007, o tratador interagia menos com Knut, pois, como o filhote cresceu, suas brincadeiras poderiam comprometer a integridade física de Dörflein. No entanto, a presença do tratador ainda era constante na vida de Knut.
A proximidade de Knut com Thomas é criticada por alguns, como o biólogo do Zoológico de São Paulo, Guilherme Domenichelli. Na sua opinião, o correto no tratamento de animais, para evitar o sofrimento por afastamento ou perda, é não criar fortes vínculos com seus tratadores. “Eles podem ser treinados e receber estímulos, porém, de pessoas diferentes”, afirma o biólogo.
REVISTA ÉPOCA
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