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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Novo ministro do (Afilhado do presidente do Senado José Sarney ) Turismo diz que recebeu o cargo 'assustadíssimo'



Vieira disse que teve 'tanto medo' que, nem se quisesse, recusaria a vaga.
Novo titular fez referência à família Sarney em seu discurso.

Andreia Sadi Do G1, em Brasília

Gastão Vieira abraça Dilma antes de discursar na posse como ministro do Turismo (Foto: Reprodução/TV NBR)Gastão Vieira abraça Dilma antes de discursar em
sua posse como ministro do Turismo.
(Foto: Reprodução/TV NBR)
O novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, disse nesta sexta-feira (16), durante cerimônia de posse, que recebeu o convite para o cargo “assustadíssimo” e que estava com “tanto medo” que nem se quisesse recusaria o cargo.
“Eu, assustadíssmo, recebi convite para fazer parte do seu governo. Eu estava com tanto medo que nem se eu quisesse eu podia dizer não para a senhora’’, afirmou Vieira.
Gastão agradeceu à presidente Dilma Rousseff pela confiança e reconhecimento com o convite para assumir o Ministério do Turismo e também ao PMDB, seu partido.
‘’Tenho noção do tamanho da missão que estou abraçando. Muito me sinto honrado e agradecido pelo reconhecimento que tive bem como a confiança por mim depositada pela senhora, pelo meu partido que se uniu no momento da decisão e manifestou a esse seu membro, de cinco mandatos, a confiança que eu representaria bem no seu governo’’, disse.
Ligado à família Sarney, o novo ministro fez referências ao presidente do Senado, José Sarney, presente ao evento, à sua filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney e ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também do estado.
Pedindo permissão a Sarney, Gastão citou padre Antonio Vieira para abrir seu discurso: “Só exisitimos quando fazemos. No dia em que não fazemos, apenas duramos”, disse.
Ao final do discurso, Gastão Vieira disse que todos os seus medos foram acalmados pela emoção.
A posse de Vieira foi fechada à imprensa. De acordo com de Secretaria de Comunicação da Presidência, “não houve tempo” para organizar um evento espaço amplo e com muitos convidados. A cerimônia ocorreu na Sala de Audiências, próxima ao gabinete
Ao tomar posse como ministro, Gastão Vieira deve comunicar ainda nesta sexta seu pedido de licença da Câmara. O deputado federal Costa Ferreira (PSC-MA), segundo suplente da coligação, assumirá sua vaga na Casa.
 

Novo ministro do Turismo vê 'corrupção sem paralelo' no mensalão

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FILIPE COUTINHO
FERNANDO MELLO
DE BRASÍLIA
O novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, considerou o esquema do mensalão um "caso de corrupção sem paralelo na história republicana brasileira".
Afilhado do presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), Vieira tomará posse hoje em substituição a Pedro Novais, que deixou o cargo depois de a Folha revelar que eles usava funcionários pagos com dinheiro público em atividades particulares.


Em 2005, quando estourou o escândalo do mensalão, Gastão Vieira era deputado pelo PMDB do Maranhão e integrou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou o caso.
Enquanto a cúpula petista e o então presidente Lula se esforçavam na tentativa de desqualificar o escândalo, o novo ministro ia para a tribuna dizer que o mensalão era um caso "deliberadamente e estrategicamente" montado para comprar deputados.
Gastão Vieira citou o escândalo do mensalão em ao menos seis discursos no plenário, entre 2005 e 2009, quando o PMDB já era o principal partido de sustentação do governo do PT.

Danilo Bandeira/Editoria de Arte/Folhapress
Em nenhum desses discursos Vieira mudou o tom nem aderiu à versão governista sobre o mensalão. "O nível de recursos desviados revela que o desvio era feito de caso pensado", disse, em discurso em setembro de 2005.
Em 2009, por exemplo, o então deputado disse que o mensalão "envolvia presidentes e líderes de partidos e não aqueles que vagavam na solidão deste plenário".
EXECUTIVO
Em seus pronunciamentos feitos à época, ele diz que o mensalão partiu do Executivo e o governo, em vez de aproveitar a popularidade de Lula, preferiu "comprar partidos e cooptar deputados".
"A crise tem origem no Executivo, que poderia usar a força dos votos que trouxe Lula para a Presidência e fazer as reformas com nossa adesão."
Vieira chegou a dizer que Lula corria risco de sofrer impeachment.
"Devemos eleger um presidente para a Câmara independentemente do tamanho de bancada, que não provoque o impeachment do presidente Lula, mas esteja pronto para fazê-lo se as circunstâncias assim o determinarem", discursou no plenário, três meses após o mensalão ser revelado pela Folha.
Na Câmara, também bateu de frente com a ala do PT contrária ao apoio de Sarney: "Alguns deputados do PT quererem ser donos da verdade e das obras do governo".
ECONOMIA
Outro ponto de atrito foi a questão econômica. Ele criticou um dos principais argumentos do governo na área: a "herança maldita do governo Fernando Henrique". Para Vieira, o discurso refletia "medo de Lula não ter êxito no enfrentamento da crise".
O novo ministro de Dilma assume a Esplanada depois de cinco auxiliares caírem em nove meses do governo, quatro deles envolvidos em suspeitas de corrupção.
O caso do mensalão deve ser o maior julgamento da Justiça brasileira. Entre os 38 réus está o ex-ministro José Dirceu, homem forte do governo Lula. A expectativa é que seja julgado em 2012.














Posse de ministro Gastão exclui a imprensa

16 de setembro de 2011 | 16h 31



ANDREA JUBÉ VIANNA E EDUARDO BRESCIANI - Agência Estado
A solenidade de posse do novo ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB-MA), hoje, foi fechada à imprensa. O fato é tão inusitado e inédito na história recente do País, que confundiu a própria assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. Questionados pelos jornalistas, assessores apresentaram versões diferentes para a restrição de acesso da mídia à cerimônia.
Uma das versões apresentadas foi a do suposto cansaço da presidente Dilma Rousseff, que cumpriu agenda em Minas Gerais hoje pela manhã e retornou há pouco a Brasília. Além disso, ela viaja amanhã para os Estados Unidos. Outro assessor, porém, negou que Dilma estivesse cansada. Segundo ele assessor, o motivo para impedir o acesso da imprensa seria o espaço pequeno da Sala de Audiências da Presidência da República, onde a solenidade da posse será realizada.
Uma outra alegação foi de que o cerimonial do Planalto não teria tempo hábil para preparar a solenidade em um dos salões do segundo andar, onde normalmente são realizadas as posses de autoridades. No entanto, a equipe de cerimonial trabalhou com agilidade na posse do novo ministro da Defesa, Celso Amorim, no dia 8 de agosto, uma segunda-feira. A equipe teve apenas um dia útil (uma sexta-feira) para preparar a cerimônia, já que Nelson Jobim pediu demissão no dia 4, uma quinta-feira. O controle do acesso ao Palácio é tamanho que a segurança chegou a barrar o presidente da Embratur, o ex-deputado Flávio Dino (PCdoB). Dino é subordinado e conterrâneo do novo ministro. Depois de se identificar, seu acesso foi liberado.




'Quem indica é a presidente', diz Sarney sobre novo ministro

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MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Considerado padrinho político do novo ministro Gastão Vieira (Turismo), o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou nesta sexta-feira que a indicação seja da sua cota. Segundo Sarney, é a presidente Dilma Rousseff quem "indica, nomeia e demite" ministro.
Assim como fez com Pedro Novais (PMDB-MA), antecessor de Vieira a quem disse ter "reputação ilibada", Sarney fez elogios ao novo ministro. Novais deixou o governo após a Folha revelar que ele usava funcionários pagos com dinheiro público para fins particulares.


"O deputado Gastão Vieira é um excelente nome, e tem uma grande folha de serviços prestados ao país, tanto federal quanto estadual. Quem indica é a presidente da República, que nomeia e demite ministro. De maneira que ninguém indica".

Sérgio Lima/Folhapress
Em encontro do PMDB, Sarney cumprimenta o afilhado político Gastão Vieira, escolhido por Dilma para o Turismo
Em encontro do PMDB, Sarney cumprimenta o afilhado político Gastão Vieira, escolhido por Dilma para o Turismo
O presidente do Senado disse que Vieira pode contar com seu "testemunho". "Evidentemente que ele [Gastão] tem meu testemunho e tem todas as qualidades para exercer o cargo. Testemunho ele tem.
Sarney disse que a responsabilidade por qualquer ministro é de Dilma."Como eu disse a vocês, o problema de nomeação de ministro é de exclusiva competência da presidente da República. Ela sabe o que faz e assim ela faz as suas escolhas".
Na cerimônia de posse na tarde de hoje, Vieira agradeceu a família Sarney e ao ministro Edison Lobão (Minas e Energia).
Ele afirmou que deve a eles toda a experiência que possui nas áreas de gestão pública e planejamento.
"Quero aqui render uma homenagem, tanto ao senador Edison Lobão, quanto à governadora Roseana Sarney, que não pode comparecer. Ali, enquanto atuei como secretário de governo, eu aprendi a trabalhar com espírito público, com dedicação, com zelo, com respeito e, acima de tudo, com fidelidade aos dois governadores", declarou.









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