Presidentes do PT, PSB, PDT e PCdoB fecharam questão em torno da manutenção do voto proporcional na reforma política
Na avaliação dos participantes da reunião, que aconteceu hoje em um hotel de São Paulo, esse consenso é importante entre os quatro maiores partidos de esquerda para impulsionar o projeto no Congresso. O objetivo, agora, é atrair o PMDB para criar uma maioria e forçar o andamento da reforma no Congresso.
Foto: AE
Com Eduardo Campos e Rui Falcão, Lula discute reforma política
Outros pontos de consenso foram quanto à redução do mandato de senador, de oito para quatro anos, a partir da eleição de 2018, a alteração da data da posse dos eleitos, que deixaria de ser no dia 1º de janeiro e passaria para os dias 5, 10 e 15 para presidente, governador e prefeito, respectivamente, e o fim da figura do suplente de senador. Os partidos acordaram que o suplente deve ser o deputado mais votado do mesmo partido e do mesmo Estado.
Durante a reunião, o presidente do PT, Rui Falcão, telefonou para o vice-presidente Michel Temer, presidente licenciado do PMDB, para informar os acontecimentos da reunião e consultá-lo. Temer deve se encontrar com Lula nos próximos dias.
De acordo com o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, outro acordo firmado é que os partidos votarão a favor do relatório de Fontana na comissão da reforma para dar celeridade ao andamento do projeto. As diferenças serão discutidas no plenário da Câmara. “O financiamento público é um ponto central. O Brasil precisa encarar a reforma política tratando logo de cara desse tema”, disse Eduardo Campos.
Lula e os dirigentes concordaram em fazer uma reunião em Brasília no dia 4 de outubro, reunindo líderes dos partidos da base aliada, representantes da classe política e entidades da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), União Nacional dos Estudantes (UNE) e centrais sindicais.
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