Por Robinson dos Santos, do IDG Now!
Publicada em 03 de agosto de 2011 às 14h50
A partir de setembro qualquer corinthiano pode se candidatar a presidente da nação virtual, mas com promessas bastante fincadas no mundo real.
A nação corinthiana já tinha sua República Popular do Corinthians, da qual o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva chegou a ser presidente. Agora ela começa a ganhar status de Estado com a formação, a partir de 1.º de setembro, de um sistema democrático com um sistema político e eleições diretas para presidente e deputados - tudo, claro, na Internet.
É assim a nova República Popular do Corinthians, um projeto concebido pela agência web RS Radiumsystems e encampada pelo clube, que a oficializou. Embora tenha um forte viés de game social, a República é levada bastante a sério pelo clube, explica o sócio-diretor da RS Radiosystems, Cacau Guarnieri. “Será um ‘bando de loucos’ engajado em atividades, muitas delas de caráter social.”
Em termos jurídicos, o site é uma parceria entre a RS Radiumsystems e o clube paulistano, explica Rodrigo Mesquita, também sócio-diretor da empresa. "Assinamos um contrato de cinco anos", explica. Segundo Mesquita, o objetivo do site é mesmo fomentar as ações de cunho social, mas há espaço para que empresas integrem o projeto por meio de roteiros específicos.
Governadores
O pontapé inicial da nova República foi dado esta semana, com um site na Internet e a nomeação dos primeiros “governadores” – pessoas engajadas com o clube e que já mantêm sites e comunidades na Internet. Em 1.º de setembro, aniversário do Corinthians, começa a campanha política na web e, em outubro, os mandatos dos eleitos. Cada mandato dura quatro meses e a reeleição é admitida.
A partir daí, conta Guarnieri, a República vai se sustentar sobre sua própria dinâmica. “Os eleitos terão que cumprir as promessas, os participantes ganharão badges de acordo com seu desempenho no jogo e haverá até comércio de bens virtuais”, detalha.
Uma das chaves de engajamento está no elenco de promessas dos candidatos, que devem ser escolhidas dentro de uma lista prefixada e repleta de boas ações de impacto social. “Um candidato ao congresso pode, por exemplo, prometer aumentar em 10% a arrecadação de doação de sangue entre os participantes, ou levar um termo aos Trending Topics do Twitter”, diz Guarnieri. A partir daí, ele terá que cumprir a promessa e, na missão, poderá contar com a ajuda do clube.
Guarnieri conta que até agora 280 governadores foram empossados e outros 150 estão em avaliação. “Eles serão a base da reverberação”, conta, “pois poderão utilizar seus blogs e comunidades para engajar seus leitores e associados em torno dos objetivos do jogo, a pedido do presidente eleito.” Em breve haverá também ações de marketing e associadas a produtos – uma delas será um álbum de figurinhas, a ser publicado pela editora Panini. “É um projeto para uma nação de 30 milhões”, lembra o diretor.
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