O técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, teve cerca de R$ 250 mil em objetos de valor penhorados nesta quinta-feira de seu imóvel na Barra da Tijuca, como forma de saldar parte da dívida de R$ 1,9 milhão que ele possui com o ex-jogador Edmundo.
A oficial de Justiça Andreia Ulhoa chegou ao apartamento do treinador por volta do meio-dia para cumprir o mandado, e marcou itens como duas televisões, uma máquina de lavar roupa, um tapete e uma mesa, dentre outros, com o consentimento de Luxemburgo, que a recebeu sem resistência.
Os objetos de valor permaneceram no imóvel, e o técnico assinou um termo, se comprometendo a mantê-los em bom estado para um eventual leilão futuro. Joias e adornos, como esculturas e obras de arte, não foram encontradas na cobertura na beira da praia onde vive o comandante rubro-negro.
O que foi detectado na penhora parcial com potencial de alto valor, teve estipulado um preço de mercado aproximado. Caso os bens não sejam entregues à Justiça do Rio quando for determinado, Vanderlei terá que pagar o valor estimado.
Histórico
O processo teve início 2006. Edmundo reclamava a cobrança de dois cheques não quitados pagos pelo técnico rubro-negro. O tempo passou e até o número do processo mudou. O ex-jogador já havia ganhado o direito de receber, mas não foram encontrados bens no nome de Luxemburgo suficientes para pagar o débito, inclusive porque alguns deles já estavam penhorados.
A Justiça se baseia no artigo 659 do Código de Processo Civil, que prevê buscas em casas quando não for encontrada outra forma de quitar um débito.
O prejuízo do treinador com processos não é novidade. Luxemburgo foi condenado a pagar uma indenização no valor de R$ 50 mil por ofender o juiz de futebol Rodrigo Martins Cintra.
Em 2006, depois do clássico entre Santos e São Paulo, no Campeonato Paulista, o então treinador do time santista levantou a suspeita de que Cintra era gay e disse que foi paquerado pelo juiz em uma ocasião.
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