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terça-feira, 14 de junho de 2011

INSS : Médicos peritos receberiam em torno de R$ 3 mil para fraudar benefícios, conforme vítima

INSS garante rigidez, inclusive com o sequestro de bens; padaria fantasma tinha 110 funcionários doentes mentais

Gazetaweb- com Dulce Melo

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Os médicos peritos do INSS presos na operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (14), acusados de fraudes para implantar benefícios por auxílio doença e aposentadorias, receberiam, segundo pessoas beneficiadas, entre R$ 2 e R$ 3 mil para garanti-los. A informação foi repassada pelo delegado federal Alexandre Borges, em coletiva na sede da PF, em Maceió.

Ainda de acordo com o delegado, que comandou a operação, há informação que “ultimamente, eles estariam exigindo metade do valor do benefício, ou até mais da metade”. Em exemplo, o delegado disse que algumas pessoas que recebiam em torno de R$ 2 mil teriam no momento, de repassar, obrigatoriamente, o valor fixo de R$ 1.500, enquanto durasse o benefício.

A princípio, a Polícia Federal estudou a possibilidade de existir vários grupos em ação, mas agora assegura que se trata de “uma única quadrilha organizada”.

Os relatos repassados não deixam dúvida de que a quadrilha era bem sintonizada. Segundo Lídia Chaves, procuradora da República em Alagoas, os integrantes - médicos e servidores - tinham vínculo com 120 empresas fantasmas, entre uma padaria cujos 119 funcionários tinham transtornos psiquiátricos. Cada perfazendo um salário de aproximadamente mil reais.

Ela afirma existir no esquema duas pontas de ações ilícitas que ficavam sob a incumbência de todos, divididos em dois grupos. “O primeiro tratava de criar os vínculos empregatícios e o outro fazia remarcações burlando o sistema e isso era feito reiteradamente. Muitos servidores, inclusive, já se sentiam incomodados com a situação tão evidente”, ressalta Chaves. Alguns médicos, conforme a procuradora, fizeram denúncias.

O coordenador do INSS, Alessandro Stephanutto, preferiu ser moderado e frisou
o tempo todo a importância de não se generalizar o problema.
“Temos um quadro de quarenta mil servidores, e isso se trata de uma exceção. Faremos o levantamento de todo prejuízo e faremos inclusive o sequestro de bens e entraremos com ação de improbidade”, garante.

O presidente do INSS no Nordeste, João Maria Lopes, o que aconteceu em Alagoas tem diminuído consideravelmente ao longo dos anos e “o INSS tem avançado para melhorar a prestação de serviços à sociedade”. Ele disse que, veementemente, o trabalho de investigação tem sido feito para combater a fraude dentro do órgão, em todo o Brasil”. Para João Maria, “a sociedade precisa que a Previdência pague a quem tem direito”.





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