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segunda-feira, 22 de março de 2010

Governo oferece 'bolsa combustível' a comissionados


Segundo oposição, gasto anual pode chegar a R$ 25 milhões.
Ministério do Planejamento diz que medida representa economia. (SIM PARA QUEM RECEBE A VERBA, PARA O POVO É MAIS GASTO INSANO E INCONSEQUENTE DE QUEM NÃO QUER SAIR DO GOVERNO E FICA DISTRIBUINDO DINHEIRO PUBLICO PARA OBTER VOTOS DE QUEM RECEBE A GRANA, SERIA UM PETIT MENSALINHO, MEIGO , MUITO MEIGO !)

Da Agência Estado




A edição de um decreto presidencial concedendo ajuda de combustível aos ocupantes de cargos comissionados no governo, deixou a oposição em estado de alerta. Publicado nesta segunda-feira (22) no Diário Oficial da União, o decreto 7.132 autoriza cerca de 6 mil servidores de confiança, nomeados na administração direta, autarquias e fundações, a receberem indenização, apelidada de "bolsa combustível", pelo uso de veículo próprio em serviços externos.


Cada um deles pode embolsar até R$ 374 extras ao mês e a conta pode chegar a R$ 25 milhões anuais para os cofres públicos. Os partidos de oposição anunciaram que se reúnem nesta terça (23) para definir medidas destinadas a anular o benefício, provavelmente por meio de decreto legislativo.

O PSDB e o DEM acham esse o caminho mais adequado para barrar o que consideram ação indevida do governo para favorecer a pré-candidata do PT à sucessão presidencial, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC), informou, por meio de nota, que a oposição reagirá. "Vamos reunir a assessoria para saber que medidas podemos tomar a partir de um decreto que causa estranheza por causa do período em que ele está sendo editado."


O Ministério do Planejamento informou que a medida, ao contrário, representa economia de gasto público com aquisição e manutenção de frota de veículos, além da contratação de motoristas. Esclareceu ainda que a indenização ocorrerá em casos comprovados de uso do veículo próprio pelo servidor, em missão autorizada por sua chefia imediata.



18/03/10 - 15h03 - Atualizado em 18/03/10 - 15h58

Governo anuncia corte de R$ 21,8 bilhões no orçamento de 2010

Este é o maior bloqueio de verbas do governo do presidente Lula.
Previsão de crescimento do PIB sobe de 5% para 5,2% para este ano.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília




O Ministério do Planejamento anunciou nesta quinta-feira (18) um corte de R$ 21,8 bilhões no orçamento de 2010, o maior de ambos os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2009, com a crise financeira internacional, que diminuiu a arrecadação federal, o bloqueio inicial de verbas foi de R$ 21,6 bilhões.

O bloqueio de verbas no orçamento é um expediente utilizado pelo governo federal para assegurar o cumprimento da meta de superávit primário, a economia feita para pagar juros da dívida pública. Com isso, o objetivo é tentar manter sua trajetória de queda.

Em 2009, com a crise financeira, a meta de superávit primário de todo o setor público, o que inclui governo, estados, municípios e empresas estatais, foi reduzida para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Neste ano, com a expectativa de retorno de um nível mais forte de atividade e de recuperação da arrecadação, a meta está sendo elevada novamente para 3,3% do PIB, o equivalente a R$ 113,9 bilhões.

No decorrer de cada ano, com a obtenção das metas quadrimestrais de superávit primário, o governo geralmente passa a reverter os bloqueios iniciais efetuados na peça orçamentária e a liberar recursos para os gastos dos ministérios.

Receitas e despesas

A principal razão para o corte de R$ 21,8 bilhões no orçamento de 2010, segundo dados do Ministério do Planejamento, deve-se à reestimativa da expectativa de arrecadação para este ano. Segundo o Planejamento, as receitas devem ficar R$ 17,7 bilhões abaixo do que aquelas aprovados pelo Congresso Nacional.

As chamadas "receitas administradas", oriundas apenas dos impostos e contribuições federais, devem somar R$ 529,6 bilhões neste ano, contra a previsão de R$ 557,7 bilhões que veio do Congresso Nacional.

"A lei orçamentária está maior do que a projeção da receita. O Congresso fez uma projeção e usou um método. Nós temos uma receita identificada em janeiro e fevereiro e estamos adequando a projeção. A nossa projeção hoje é menor do que está na lei orçamentária em quase R$ 18 bilhões", disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Do lado das despesas obrigatórias, o Ministério do Planejamento informou que projeta um aumento de R$ 1,43 bilhão. A expectativa de despesas obrigatórias passou de R$ 169,2 billhões, na lei aprovada pelo Congresso, para R$ 170,64 bilhões. A previsão de despesas discricionárias, por sua vez, passou de R$ 195 bilhões, na lei orçamentária aprovada pelo Congresso, para R$ 173,2 bilhões.

Crescimento econômico

O governo informou ainda subiu de 5% para 5,2% a previsão de crescimento do PIB no orçamento de 2010. A estimativa ainda é inferior, porém, ao que projeta o Banco Central, para quem a economia deve crescer 5,8% neste ano, e o próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, a economia pode crescer mais de 5,7% em 2010.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) deste ano, a estimativa do governo subiu de 4,45% para 4,99%, enquanto, para o dólar, a expectativa média passou de R$ 1,72 para R$ 1,82.




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