Luiz Nunes
Especial para o UOL Notícias
Em Florianópolis
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Em Florianópolis
Um laudo veterinário divulgado esta semana comprovou que os animais morreram por asfixia e que não havia indícios de intoxicações quando foram colocados em uma cova aberta com maquinário da prefeitura na Secretaria Regional do bairro Costa e Silva. Os cães viviam há pelo menos dois anos nas imediações da repartição e eram alimentados por servidores. Foram eles quem denunciaram o caso à polícia, avisando que os próprios colegas haviam enterrado os animais.
Em depoimento, os acusados alegaram que os cães estavam contaminados por raiva e um deles não havia resistido. Por isso, foram enterrados. A delegada Ana Claudia Pires, responsável pelo caso, afirma que teve acesso a imagens anteriores ao enterro dos animais, que revelam que ambos estavam bem de saúde. “Vendo as cenas, cai por terra qualquer testemunho que dê conta de que estivessem doentes, babando e um já morto, como foi contado”, afirma.
Na semana passada, o servidor que autorizou o enterro dos cães na área da repartição foi exonerado. Alexandre Kniess ocupava o cargo de gerente de Conservação e Manutenção da secretaria. Outro servidor ainda enfrenta processo interno, que pode culminar com sua exoneração.
A delegada deve ouvir novos depoimentos até a próxima quarta-feira e deve encerrar o inquérito na sexta. Outros funcionários públicos estão entre as testemunhas. “Se a gente verificar que algumas pessoas estão tentando acobertar, já que temos acesso as cenas, elas podem responder por omissão ou falso testemunho”, ameaça.
De acordo com a legislação vigente, a prática de abuso ou maus tratos a animais é passível de prisão. A pena varia entre três meses e um ano de reclusão.
Sulamérica Trânsito
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