KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus
A cidade de Manaus (AM) amanheceu encoberta nesta terça-feira pela fumaça de queimadas registradas na área urbana e em municípios ao sul da cidade. O problema atinge a cidade há um mês. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais), a camada de névoa seca verificada hoje foi a mais densa desde então.
A falta de chuvas e a baixa umidade relativa do ar agravam o problema. Não chove há 18 dias em Manaus, que nesta terça registrou 45ºC no centro da cidade e 35% de umidade.
A estiagem atípica é resultado do fenômeno climático El Niño --aquecimento natural cíclico das águas do oceano Pacífico. "Os dias devem continuar secos, o que favorece a ocorrência de queimadas", disse a meteorologista Lúcia Gularte.
A concentração de fumaça na atmosfera é causada por incêndios florestais na área urbana de Manaus e nos municípios de Autazes e Nova Olinda do Norte, a sudeste da cidade.
Segundo Alberto Setcer, coordenador de Monitoramento de Queimadas por Satélite do Inpe, havia nesta terça 45 focos de queimadas no Amazonas, a maior parte com cerca de 30 metros de extensão.
Até a Justiça resolver interferir para tentar amenizar o problema. O Tribunal de Justiça do Estado anunciou a formação de força-tarefa para dar agilidade a processos contra infratores ambientais.
"Não podemos ficar indiferentes a esse problema que vem prejudicando a saúde da população", afirmou o presidente do TJ-AM, Domingos Chalub.
Desde o último dia 11, a Secretaria do Ambiente de Manaus aplicou R$ 300 mil em multas a seis pessoas suspeitas de promover queimadas. "O TJ-AM vai nos apoiar porque a ordem agora é prender quem faz queimadas", disse o subsecretário Adilson Cordeiro.
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