Plantão | Publicada em 10/09/2009 às 21h41m
Marcelo Dias, do ExtraA Organização Mundial de Saúde acaba de divulgar o primeiro estudo sobre a mortalidade de crianças e jovens com idades entre 10 e 24 anos, apontando como principal causa os acidentes de trânsito. Em seguida, surgem complicações durante a gravidez e o parto, suicídios, violência, a AIDS e a tuberculose. Segundo a OMS, 2,6 milhões de pessoas nessa faixa etária morrem todos anos desses males, sendo que 97% delas viviam em países pobres e subdesenvolvidos, como o Brasil. As informações são do blog Casos de Cidade, do Extra Online.
O estudo foi publicado na revista científica Lancet. A OMS ressalta também o fato de todas essas mortes poderiam ter sido evitadas por tratamento e medidas de prevenção. De acordo com a organização, apesar de haver 1,8 bilhão de jovens no planeta (30% da população mundial), há pouca informação disponível sobre as causas de morte dessas pessoas em escalas global e regional.
- Está claro por estas descobertas que é necessário um investimento considerável não apenas no setor de saúde, mas também em setores incluindo educação, bem estar social, transporte e justiça para melhorar o acesso à informação e aos serviços, e ajudar os jovens a evitarem comportamentos de risco que podem levar à morte - diz a diretora-geral assistente da OMS para assuntos de família e saúde da comunidade, Daisy Mafubelu.
A OMS recomenda que, no caso de acidentes automobilísticos, essas mortes poderiam ser reduzidas com mecanismos de controle de velocidade, leis mais rigorosas contra condutores embriagados estipulando a concentração máxima de álcool em 0,05 grama por decilitro de sangue. Também se recomenda o uso de capacetes de boa qualidade e de cinto de segurança. Todas essas medidas, aliás, já são praticadas pelo Brasil.
Sobre as doenças sexualmente transmissíveis, a OMS preconiza a educação sexual, o acesso a preservativos, cuidados pré-natais, aborto seguro permitido por lei e aconselhamento e tratamento da AIDS. As mortes por suicídio e violência poderiam ser prevenidas através do envolvimento dos pais nas vidas dos filhos, na redução da ingestão de bebidas alcoólicas e do acesso a armas, sedativos e até pesticidas. A OMS também recomenda melhorias nos atendimentos de emergência e a criação de programas para tratar e apoiar crianças e jovens vítimas de violência e abuso sexual.
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